Cine PE anuncia participantes e discute liga de festivais

Sete dias de festival, 40 filmes (26 curtas e 14 longas), sendo 7 longas e 18 curtas em competição, 3 homenageados, 250 convidados, custo de R$ 2 milhões e público estimado de 30 mil pessoas que passarão pelo Teatro Guararapes de 26 de abril a 2 de maio. A 16.ª edição do Cine PE Festival do Audiovisual tem tudo para ser, mais uma vez, um grande evento. Fazendo jus à sua fama de maior público dos festivais brasileiros, será também sede da inédita reunião e do lançamento oficial da Nova Frente dos Festivais, a FF. Inicialmente batizada de Frente dos Grandes Festivais de Cinema do Brasil (FGF), a entidade quer fortalecer os grandes eventos cinematográficos do País e tem até agora como membros o Cine PE, os festivais de Gramado, Brasília, Rio e Cine Ceará.

“Queremos ainda incluir festivais de São Paulo, como Paulínia, Mostra de São Paulo, de Minas e até o Anima Mundi… É importante que os grandes unam forças”, declarou o diretor do Cine PE Alfredo Bertini, um dos responsáveis pela iniciativa, durante lançamento oficial do 16.º Cine PE, realizado na quarta, na Cinemateca Brasileira. Quando questionado se a liga é a Série A dos festivais brasileiros, Bertini respondeu: “Claro! Houve reclamações de que o ‘grandes’ era soberba em relação aos outros. Temos dois logotipos feitos, um com G outro sem. Vamos decidir no Recife qual manteremos. Sou favorável ao G. Respeito os pequenos, mas me sinto grande.”

Por grandes, entenda-se eventos que, de acordo com o manifesto do FF, são reconhecidos na cadeia produtiva do audiovisual, considerados expressões socioeconômicas; realizam-se como festivais (e não como mostras), têm programação ampla, formam plateias e aperfeiçoam mão de obra, respeitam a diversidade das produções e mobilizam público. “O objetivo é trabalhar ações de cooperação nacional e internacional, fortalecer a união e não a competição. Criar um pool que possa negociar com grandes festivais do mundo, com patrocinadores… Quem sabe um dia não depender de patrocínio público, como ocorre com Cannes, por exemplo. Pense na força e na diversidade de todos esses festivais juntos, na visibilidade que dão a patrocinadores.”

Se depender dos longas em competição, que neste ano são quatro cariocas, um paulista e dois pernambucanos, a diversidade está garantida. Já entre os homenageados, estão os diretores Cacá Diegues e Fernando Meirelles, e o ator Ney Latorraca. De Cacá, será exibida uma cópia nova de “Xica da Silva”; de Meirelles, “Xingu”, produzido por ele e com direção de Cao Hamburger; de Latorraca, “Beijo no Asfalto”, de Bruno Barreto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

OS LONGAS:

“À Beira do Caminho” (RJ)

Direção de Breno Silveira

“Boca” (SP)

Direção de Flávio Frederico

“Corda Bamba – História de Uma Menina Equilibrista” (RJ)

Direção de Eduardo Goldenstein

“Estradeiros” (PE)

Documentário de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira

“Jorge Mautner – O Filho do Holocausto” (RJ)

De Heitor D’Alincourt e Pedro Bial

“Na Quadrada das Águas Perdidas” (PE)

De Wagner Miranda e Marcos Carvalho

“Paraísos Artificiais” (RJ)

Direção de Marcos Prado

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