A Rede Nossa São Paulo divulga na manhã desta terça-feira, 9, dados dos hábitos culturais da população paulistana, a partir de uma pesquisa feita em parceria com o Ibope Inteligência. O evento acontece no Sesc Pompeia, na zona oeste da capital, e conta com a presença de Alê Youssef, secretário municipal de cultura.

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Entre muitos dados alarmantes, já se sabe que cinco distritos de São Paulo não dispõem de qualquer museu, cinema, teatro ou centro cultural. Entre eles, Marsilac e Cidade Ademar, que ficam na zona sul. Na região leste, os afetados são Ponte Rasa e Vila Matilde. Completa a lista a Vila Medeiros, bairro da zona norte.

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Em contrapartida, existem distritos da capital que contam com os oito equipamentos culturais mapeados – museus, cinemas, teatros, acervos de livros para adultos, acervo de livros infanto-juvenis, centros culturais e espaços de cultura, equipamentos culturais públicos, e salas de show e concerto. É o ranking “tem de tudo”, que traz distritos como Butantã, Consolação, Lapa e Liberdade, bem como Moema, Pinheiros, República, Tatuapé e Vila Mariana.

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Nota-se, portanto, a prevalência de equipamentos culturais em regiões mais centrais da cidade, onde, em geral, residem pessoas de poder aquisitivo maior.

Independentemente da localização, quase um terço da população (28%, mais precisamente) não frequentou qualquer centro de cultura, o que corresponde a 2,7 milhões de paulistanos. Entre os que frequentaram, a atividade favorita é o cinema (55%), seguida de festas populares ou de rua (34%) e shows (30%).

Outro dado interessante apontado pela pesquisa revela que o paulistano está lendo menos. De acordo com a Rede Nossa São Paulo e o Ibope Inteligência, 42% dos cidadãos da capital, ou 4,1 milhões de pessoas, não leram nenhum livro nos últimos três meses – a porcentagem é maior em relação a 2018, ano em que o patamar era de 40%. A principal razão apresentada foi “não gostar ou não ter o hábito de ler” (34%), seguida por “falta de tempo” (32%). Apenas 38% dos entrevistados leram um livro completo; 20% deles leram em partes.

Quando o assunto é orçamento, o levantamento aponta que as verbas destinadas à secretaria municipal de cultura caíram em 10%: se, em 2018, a pasta recebeu R$ 436.993.850, em 2019 a previsão é de R$ 392.131.006.