Cia Jovem do Bolshoi poderá ter nova fonte de patrocínio

Uma parceria proposta pela bailarina e coreógrafa mineira Cristina Helena pode gerar um novo patrocínio para a Companhia Jovem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. A ideia é apresentar um projeto para a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) para que a instituição possa apoiar a companhia que nasceu em 2008 e sobrevive de verba da escola e da renda gerada pelas próprias apresentações.

Cristina Helena quer replicar uma parceria que deu certo em Minas Gerais. Em 1990, ela fundou a Companhia de Dança SESIMINAS, patrocinada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Na época, a instituição era presidida por José Alencar. “Ele era um homem visionário. Propôs que fosse criada a companhia e também uma orquestra”, diz a bailarina. “É um trabalho educativo, social e cultural e funciona como um cartão de visitas para a Federação.”

Inicialmente, a ideia de Cristina era fundar uma nova companhia, mas a ação não foi bem vista na cidade. Segundo o presidente do Instituto Festival de Dança de Joinville, Ely Diniz, a criação de um grupo poderia ter um impacto negativo na Companhia Jovem do Bolshoi. “Uma companhia com verba da Fiesc canalizaria todos os recursos para ela, fazendo com que o outro grupo fique com o chapéu na mão”, diz. “A companhia do Bolshoi ainda não é estável. Quando os bailarinos começam a se destacar, eles recebem convites e acabam migrando para outros grupos, sejam eles nacionais ou internacionais.”

Após uma breve conversa durante o Festival de Dança de Joinville (que encerrou no sábado sua 32ª edição), Cristina e Diniz acordaram em fazer uma proposta à Fiesc para que patrocine a Cia. Jovem do Bolshoi. “Ainda não conversamos com o presidente da Fiesc, que nem está sabendo da ideia. Mas estamos esperançosos porque sabemos que ele tem um viés cultural”, conta Diniz.

Ensino

No ano que vem, a região deve sediar dois cursos de graduação em Dança, pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) – um em Florianópolis e outro em Joinville. A instituição tem, na capital, o Centro de Artes, que engloba as graduações de moda, teatro, música, design e artes visuais. Algumas destas áreas têm pós-graduação. O curso de dança é uma demanda antiga. “Há quase 20 anos essa ideia existe”, diz Sandra Meyer, que integra o corpo docente da universidade. “Em 2009, fizemos um projeto para a inserção do curso. A ideia foi bem avaliada, mas a instituição não tem o dinheiro necessário para a execução.”

Em agosto do ano passado, a Secretaria de Estado da Educação assinou um documento para suplementação do repasse orçamentário à Udesc. Juntos, os cursos estão orçados em pouco mais de R$ 4 milhões. “O entrave agora é a entrada da verba necessária para que o curso aconteça”, diz Sandra. Segundo a professora, a previsão é de que o vestibular seja aberto entre maio e junho de 2015 e que os cursos iniciem em agosto. O REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DO FESTIVAL DE DANÇA DE JOINVILLE

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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