Em 2004, uma faísca acendeu na cena indie independente, vindo diretamente de Montreal, no Canadá. Era o disco de estreia do septeto Arcade Fire: “Funeral”. Seis anos se passaram e a labareda só cresceu, se tornou um incêndio capaz de deixar sua marca por onde passa. Com o lançamento de “The Suburbs”, a banda se mostra mais madura. Pronta para um estrelato cada vez mais iminente.
Lançado no início de agosto nos Estados Unidos e Europa, o álbum acabou de ser distribuído, pela Universal, no País. Na primeira semana, foram vendidas 156 mil cópias, colocando o CD no topo das paradas americanas e londrinas, desbancando o rapper Eminem. Desde 2004, o Arcade Fire lança um novo álbum a cada três anos. Foi assim com “Neon Bible”, de 2007, e agora, com “The Suburbs”.
Desta vez, o trabalho está mais maduro. E ainda mais difícil de classificar a banda. A sonoridade fundida entre o indie rock e folk, com uma pitada de música eletrônica, ganhou corpo. Há mais rock’n’roll puro, sem perder a criatividade de se incluir no som um acordeom e instrumentos de sopro, já muito característicos nas composições do grupo.
Vindos de uma safra de bandas indies como Arctic Monkeys e Franz Ferdinand, o Arcade Fire se diferencia por ter uma música menos dançante, no sentido saltitante da palavra. Não se ouve as faixas do “The Suburbs” e pronto, já se tem vontade de levantar e pular. Este é um disco para ouvir e curtir cada nuance, saborear as letras e os vocais melancólicos de Win Butler e Régine Chassagne, que são casados.
O show de lançamento em solo americano aconteceu em duas noites, no Madison Square Garden, com transmissão ao vivo no YouTube e direção de Terry Gilliam (‘O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus’). As informações são do Jornal da Tarde.