A doce voz de Céu e o elogiado Tropix, seu quarto álbum de estúdio, abriram os trabalhos no Palco Skol neste domingo, 26, no Autódromo de Interlagos, no festival Lollapalooza. As composições do disco, considerado por muitos críticos o melhor trabalho nacional de 2016, mostraram uma Céu mais madura e segura nos palcos. Em Tropix, Céu conseguiu se firmar como cantora e foi capaz de fazer o que se esperava dela há tempos.

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De eterna coadjuvante da MPB à diva indie de roupas descoladas, as músicas mais atuais permitiram que Céu explorasse sua voz e incorporasse uma postura artística interessante.

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O que faltava à Céu era justamente um pouco de personalidade. Antes de Tropix, a cantora estava sempre à margem dela mesma. O trabalho mais recente brinca com os diferentes timbres da artista e permite que ela saia de sua zona de conforto.

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A psicodelia de Tropix revigorou Céu e muito disso tem relação direta com um Pupilo inspirado e a capacidade latente de transformá-la em algo muito maior do que ela mesma podia acreditar. “Isso é estrada. Aprendi a me importar menos com o que as pessoas diziam sobre mim e meu trabalho. Liguei o botão do foda-se”, disse ela em entrevista ao Estado na última quarta-feira, 22, quando foi anunciada como atração do Palco Sunset, do Rock in Rio.

Apesar do repertório recheado de musicas do Tropix, Céu também não se esqueceu de seus grandes sucessos. Malemolência, penúltima canção do show, animou o público ainda tímido que chegava ao segundo dia do festival Lollapalooza.