Centro Histórico de Castro será tombado

A Secretaria de Estado da Cultura, por meio da Coordenadoria do Patrimônio Cultural (CPC), apresenta, nesta sexta-feira, 29, o processo de tombamento do Centro Histórico de Castro, em audiência pública na Câmara Municipal de Castro.

Antecedendo a apresentação da proposta de tombamento, será realizada uma mesa-redonda a partir das 13h30, composta pelo ex-prefeito da Lapa, Sérgio Leoni, Suzanna Sampaio, do comitê executivo do Icomos (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios), Dalmo Vieira, superintendente do Iphan/SC, Rogério Mainardes, publicitário e castrense e a chefe da Coordenadoria do Patrimônio Cultural, Rosina Parchen. A partir das 14h30, a reunião será aberta ao público. Estão convidados representantes de instituições e a comunidade em geral, que poderão tirar suas dúvidas e obter informações sobre a importância do tombamento.

O projeto de tombamento do Centro Histórico de Castro foi solicitado pelo Ministério Público do Estado do Paraná, em 12 de setembro de 2002. Em 2004, iniciou a preparação da documentação e o reconhecimento da área.

Histórico

O tropeirismo foi fator decisivo na criação de Castro. Os tropeiros pernoitavam às margens do Rio Iapó, ponto obrigatório de passagem de tropas de Viamão (RS) a Sorocaba (SP). Dessa forma originou-se a primeira denominação do local: Pouso do Iapó. Em 1774, o pouso foi elevado à categoria de Freguesia Nova Sant?Anna do Iapó. Em 1789, tornou-se Vila Nova de Castro, em homenagem a Martinho Mello e Castro, então secretário dos Negócios Ultramarinos de Portugal. Em 21 de janeiro de 1857, a Vila Nova de Castro tornou-se a cidade de Castro.

O tombamento é a mais efetiva e tradicional das formas de preservação de um bem ou conjunto de bens, garantindo a manutenção de suas características originais pelo poder público.

Castro possui grande quantidade de bens tombados, entre eles o Museu do Tropeiro, construído no século XVIII, demonstrando a arquitetura tipicamente colonial; a Fazenda do Capão Alto, com arquitetura da segunda metade do século XIX; a Estação Ferroviária, inaugurada em dezembro de 1899 e a Igreja Matriz de Sant?Anna, padroeira do Pouso do Iapó que, concluída em 1860, possui esculturas de madeira feitas pelo frei Mathias de Gênova, no século passado, e lustres de cristal doados por dom Pedro II. Casas e casarões que datam de meados do século XIX também podem ser encontrados em Castro, formando um conjunto de bens importantes para a história do município e do Estado.

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