Nascida na cidade paulista de Leme, Corina vive em Curitiba desde a década de 1970. Atuando como ilustradora e pintora há mais de 20 anos, a artista concentra sua experiência na produção de trabalhos que captam os aspectos populares da vida brasileira, tratados com uma linguagem plástica simples e lúdica. De maneira geral, o naïf compreende a produção artística não erudita, e Corina descobriu-se uma artista desse estilo com Antonio Poteiro, ceramista e pintor primitivo goiano que conheceu em 1993.
Os artistas naïfs enfocam temas nos quais predominam cenas da vida cotidiana, rurais ou urbanas, geralmente com minuciosas descrições. O objetivo é representar uma imagem ou pensamento, sem qualquer barreira conceitual ou técnica, com resultados que dependem da sensibilidade e do talento do artista. Desproporções, cores vibrantes e criatividade são algumas das características do artista naïf, que apresenta trabalhos de grande espontaneidade.
Embora se expresse com uma linguagem classificada como naïf, Corina tem formação teórica em escolas de arte de São Paulo e Paraná e já desenvolveu gravuras e pastéis. Possui centenas de trabalhos espalhados por todo o Brasil, além de obras em acervos particulares na Holanda, Bélgica, França, Itália, Espanha, Grécia, Estados Unidos, Canadá e Argentina. "Sensível e espiritual, Corina não é crítica nem irreverente, mas sua arte repousa na poesia e na felicidade", destaca a doutora em estética e ciências da arte pela Universidade de Paris, Maria José Justino.
Com diversas exposições coletivas e individuais em cidades brasileiras, Corina também participou da VII Bienal de Arte Sacra da Argentina (1998) e de coletivas realizadas em Nova Iorque e Chicago (EUA), em 2000. Entre as premiações está a obtida no XX Salão de Jacarezinho (PR), em 1994, e a citação pela revista "Isto é" como destaque em pintura naïf, em 2004.
Serviço
Centro Paranaense Feminino de Cultura
(Rua Visconde do Rio Branco, 1.717 ? fone: 3232-8123)
Exposição de arte naïf com obras de Corina Ferraz
De 12 (abertura às 16h) a 29 de setembro de 2005
Horário de visitas: de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h
Entrada franca