Rio – Começou hoje no Rio de Janeiro, o I Encontro de Trabalhadores da Cultura, promovido pelo Ministério da Cultura e pela Fundação Nacional de Arte (Funarte), que discutirá o mapeamento de todos os trabalhadores da área cultural e as condições de seus empregos.
O ministro Gilberto Gil explicou ao abrir o encontro, que o intuito é reunir os representantes do mundo do trabalho da cultura. “Reunindo os setores que trabalham com cultura, vamos tentar avaliar quais as relações desse viés trabalhista da cultura, o que significa a questão do emprego que a cultura dá, a economia que a cultura gera, o salário que a cultura paga”.
Até quarta-feira, artistas, agentes e entidades culturais de todo o país estarão reunidos em seminários, discutindo os temas: as leis trabalhistas, a organização sindical, as formas de organização coletiva e os mecanismos de combate à informalidade.
O último mapeamento do setor foi realizado há quatro anos pela Fundação João Pinheiro, de Minas Gerais. Os dados estão defasados, porque nesse meio tempo o setor cresceu, houve o surgimento das cooperativas e organizações não-governamentais.
Depois desse encontro, a idéia da Funarte e do Minc, é reunir dados do IBGE, de Ong’s para conhecer melhor o setor. “Esse evento servirá para a gente ouvir esse universo, saber o que ele é, quem somos , quantos somos, ajudar a questão estatística desse campo, e aí podermos realizar o mapeamento cultural do Brasil”, disse o ministro Gilberto Gil.
No final dos debates, a organização pretende redigir um documento que será encaminhado ao Ministério do Trabalho e Emprego com sugestões e propostas de leis e artigos que contemplem e promovam a classe artística, como também, os trabalhadores da cultura em geral.