Cássia Kiss festeja 30 anos de carreira com peça

Após sete anos longe dos palcos, Cássia Kiss retorna nesta sexta-feira (16) ao Sesc Anchieta, em São Paulo, com o espetáculo O Zoológico de Vidro, de Tennessee Williams, com direção de Ulysses Cruz. E, ao lado de Kiko Mascarenhas, Karen Coelho e Erom Cordeiro, a atriz comemora os seus 30 anos de carreira. Para o elenco do espetáculo, que mistura comédia e tragédia ao tratar os temas esquizofrenia e amor possessivo, só faltou a atriz Maria Flor, que durante as gravações da novela Eterna Magia sugeriu a adaptação da peça do dramaturgo norte-americano Tennessee. Antes de correr ao teatro, é bom prestar atenção no aviso do diretor Ulysses: “Quem não chegar 15 minutos antes irá perder um material especial preparado por nossa equipe.”

O motivo de o diretor antecipar a história em 15 minutos antes das 21h – horário oficial – é a preocupação em fazer com que o público realmente mergulhe no universo da família da sulista Amanda (Cássia Kiss) e entenda a característica de cada um dos personagens da trama.

“Eu trabalhei durante muitos anos com pessoas extremamente pontuais. Uma delas foi o Antônio Fagundes, que detesta atrasos e falta de atenção do público. Por isso criamos esses 15 minutos, esse primeiro ato que conta um pouco sobre a realidade sufocante da família de Amanda. É como se fosse uma autobiografia. Por isso insisto: quem não chegar antes não vai ver isso e não vai conseguir sentir a peça por inteira”, insiste Ulysses. Apesar de o diretor assustar o público falando sobre atrasos, ele ameniza garantindo que o tema é “leve e familiar e que, apesar de ser uma comédia trágica, ninguém vai querer sair do teatro cortando os pulsos”. “Quem gosta de Nelson Rodrigues, por exemplo, com certeza vai se identificar com a peça, já que o Tennessee tem muitos traços do escritor brasileiro. Frases marcantes e profundas é uma das semelhanças entre eles”, adianta o diretor.

Cássia Kiss é outra que tem certeza de que ninguém sairá do teatro confuso ou triste. Ao contrário, a atriz é otimista e acha que a peça tem muito a ensinar às famílias. “É um trabalho que fará as pessoas refletirem, e é um assunto que todo mundo terá a oportunidade de rir e se identificar em algum momento. Afinal, toda família tem um louco, um defeito, algum deslize”, conta a atriz, que apesar de ter ficado tantos anos longe do teatro, revela que a partir desse retorno jamais voltará a ficar fora do circuito.

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