“Eu tenho esperança de encontrar o corpo da minha filha”, afirma por telefone, com a voz embargada, Sônia Fátima Moura, 44, a mãe de Eliza Samudio. Ela participou de uma entrevista coletiva, por telefone, para divulgar o episódio da série Até que a morte nos separe, do canal a cabo A&E, sobre a jovem cujo desaparecimento há dois anos motivou a prisão de Bruno Fernandes, ex-goleiro do Flamengo. “Foi uma forma de eu mostrar à sociedade a necessidade de fazer justiça, pressionar os envolvidos. Por isso abri a boca para contar a verdade”, ela diz.

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O programa -produzido pela Prodigo Filmes – segue a mesma linha de recontar histórias de crimes do extinto Linha Direta, da Globo. Sônia aceitou de imediato o convite para falar e diz que não recebeu dinheiro ou favores para participar do episódio. “Não tenho ajuda de ninguém, apenas dos meus familiares.”

“Quando eu gravei o depoimento, estava mais fragilizada do que hoje. Agora consigo falar um pouco melhor sobre o caso. É dolorido, porém, com a ajuda da terapia, sou capaz de conversar sobre as coisas que me machucam.”

Entre outros casos, a série que vai ao ar nas terças às 23h, tratou da morte da jornalista Sandra Gomide, assassinada pelo então diretor de Redação de O Estado de S. Paulo, Pimenta Neves, e da menina Isabela Nardoni.

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