A Casa Daros vai encerrar suas atividades no Rio por dificuldades financeiras, confirmou nesta quarta-feira, 13, o presidente do Conselho da Coleção Daros Latinamerica, Christian Verling.
Hoje um dos principais centros culturais do Rio, um dos poucos a se dedicar especificamente a um nicho das artes visuais – a produção contemporânea latino-americana -, a casa foi aberta em 2013, depois de seis anos de obras, e fechará em dezembro, conforme divulgado nessa terça, 12.
“A casa é mantida por financiamento privado, que não é ilimitado”, disse Verling, referindo-se à dona da coleção e da casa, a bilionária e mecenas suíça Ruth Schmidheiny.
“Manter o prédio é nosso objetivo. Seria um desastre se fosse dilapidado. Aceitamos ofertas e vamos achar uma solução boa.” A ideia é manter a casa como centro cultural, mas tudo depende de quem a assumirá.
A decisão foi fechada há poucos meses e o anúncio pegou de surpresa funcionários de todos os escalões. A casa, um imóvel do século 19 reformado ao custo de R$ 80 milhões, recebeu exposições importantes em seus dois anos de funcionamento e serviu a dar visibilidade à coleção de Ruth, a maior do mundo em seu gênero, e iniciada em 2000.
Além da falta de dinheiro para sustentar as atividades da casa, as complicações burocráticas para trazer as obras da Suíça, onde fica a reserva técnica, e levá-las de volta, além dos altos custos dos seguros, contribuíram para a opção pelo fechamento, segundo Verling.
Ele disse que não seria possível manter o funcionamento como está e que se descartou diminuir o investimento, pelo risco de passar a apresentar exposições “medíocres”.