O poeta e cronista gaúcho Fabrício Carpinejar é o convidado especial de julho da Livrarias Curitiba, no Dia do Escritor (terça, 25/7). O autor fará leitura de textos e autografará seu novo livro O Amor Esquece de Começar (Bertrand Brasil, 286 páginas, R$ 35), às 19h, na Livrarias Curitiba, da Megastore do Shopping Estação (Shopping Estação – Loja 1108  – Centro), na capital paranaense.

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O Amor Esquece de Começar é sua primeira reunião de crônicas. "Entre o nonsense e a realidade, Fabricio Carpinejar é mestre em acertar no alvo, ora nos emocionando muito, ora nos emocionando bastante – as duas únicas reações que se pode ter diante deste livro escrito às ganhas", afirma Martha Medeiros na apresentação da obra.

O escritor flagra pequenos detalhes adormecidos do cotidiano e faz comparações inusitadas como a quebra do tampo do fogão com os problemas de casamento. Utiliza as duas mãos para atravessar a linguagem. De um lado, a poesia, do outro, a crônica. Explora o universo feminino, descreve quando uma mulher goza, o que ela quer, exalta a amizade da velhice, desarma os preconceitos masculinos, mostra qual a gíria entre os homens, explica que a última colher dada a um filho nunca é a última e desmoraliza expressões e eufemismos como ‘dar o tempo’ e ‘ceder’.  "Uma mulher quer dançar para
os outros homens, para chamar o seu para perto. Uma mulher quer ser restituída de suas falhas, quer que acreditem nela quando mente, que duvidem dela quando fala a verdade", expressa um dos textos.

A rotina não será mais a mesma depois da coletânea, ninguém levantará os estilhaços de vidro de um copo sem pensar que  "por mais que se recolha os fragmentos, algo ficará piscando no chão no dia seguinte. O vidro faz seu colar para vender ao sol."

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Em seu livro, que já está na segunda edição, o amor é uma surpresa e uma confirmação. Um renascimento para quem até então não o encontrava. Um espelho a mostrar a beleza e o vigor a quem sempre soube identificá-lo. O Amor Esquece de Começar é esse espelho. A mulher, principal interlocutora de seus textos certeiros, não está sozinha. O homem também pode participar dessas revelações que, apontadas numa direção, atingem todos e tudo. O amor, afinal, é o sentido da vida e o conforto para a assustadora dimensão do universo. "Quero recuperar o romantismo, uma visão cristalina e verdadeira das relações amorosas, um cuidado na fala, a sedução", revela Carpinejar. "Sem idealismo, mas com idealização. A expectativa e a confiança fazem bem ao amor e não podem ser abolidos. Desejo, com as mulheres, o consenso das mãos durante o dia e dos pés durante a noite."

Fabrício Carpinejar, 33 anos, nasceu em de Caxias do Sul (RS), em 23 de outubro de 1972, e está atualmente radicado em São Leopoldo (RS). É escritor, poeta, jornalista e professor, mestre em Literatura Brasileira pela UFRGS. Vem sendo aclamado por escritores do porte de Carlos Heitor Cony, Ignácio de Loyola Brandão e Antonio Skármeta como um dos principais nomes da poesia contemporânea.

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É autor de As Solas do Sol (1998, 2ª edição, Bertrand Brasil), Um Terno de Pássaros ao Sul (2000, 3ª edição, Bertrand Brasil), Terceira Sede (2001, 2ª edição, Escrituras), Biografia de uma Árvore (2002, 2ª edição, Escrituras), Cinco Marias (2004, 2ª edição, Bertrand Brasil) e Como no Céu/Livro de Visitas (2005, Bertrand Brasil).