Babenco em meio à filmagem: terceira
vez que tem um filme em competição.

O longa-metragem Carandiru, de Hector Babenco, e o curta A Janela Aberta, de Philippe Barcinski, representam o Brasil na seleção oficial do Festival de Cannes, anunciada ontem.

Já Filme de Amor, de Júlio Bressane, foi selecionado para a Quinzena dos Realizadores, principal mostra paralela. É bom lembrar: no ano passado, sem concorrer à Palma de Ouro, o festival foi palco para a estréia mundial de Cidade de Deus, de Fernando Meirelles e Kátia Lund. E a última vez que um longa brasileiro competiu em Cannes foi no ano 2000, com Estorvo, de Ruy Guerra.

Esta é a terceira vez que Babenco – argentino naturalizado brasileiro – tem um filme seu incluído na mostra competitiva de Cannes. A primeira foi em 1986, quando concorreu à Palma de Ouro com O Beijo da Mulher-Aranha. E em 1998, com Coração Iluminado, um drama com fortes laços autobiográficos.

Vinte filmes de treze nacionalidades fazem a parte competitiva do festival, que vai de 14 de maio ao dia 25. Com as produções fora de competição, o total de filmes que terá sua estréia mundial em Cannes é de 52 longas de 40 países. Carandiru, que bateu a marca de 1,5 milhão de espectadores em apenas duas semanas de exibição no Brasil, é o único longa latino-americano na mostra competitiva. Mystic River, de Clint Eastwood, e Dogville, do dinamarquês Lars von Trier, são outros fortes concorrentes à Palma de Ouro.

O júri da mostra principal de Cannes, presidido pelo cineasta francês Patrice Chereau, é formado pelas atrizes Aishwarya Rai (Índia), Meg Ryan (EUA) e Karin Viard (França); o roteirista Eri de Luca (Itália); o ator Jean Rocherfort (França); os diretores Steven Soderbergh (EUA) e Danis Tanovic (Bósnia), e o cineasta chinês Jiang Wen. O diretor iugoslavo Emir Kusturica será o presidente da mostra competitiva de curtas-metragens.

A 56.ª edição do Festival de Cannes será pontuada por homenagens a Federico Fellini, quando se completam dez anos da sua morte.

A lista dos longas em competição são: A Cinq Heures de L’Après-Midi, de Samira Makhmalbaf, Bright Future, de Kiyoshi Kurosawa, Carandiru, de Hector Babenco, Ce Jour-Là, de Raoul Ruiz, Dogville, de Lars von Trier, Elephan, de Gus van Sant, Il Cuore Atrove, de Gus Pupi Avati, La Petit Lili, de Claude Miller, Les Côtelettes, de Bertrand Blier, Les Égarés, de André Tèchiné, Les Invasions Barbares, de Denys Arcand, Mystic River, de Clint Eastwood, Père et Fils, de Alexandre Sokourov, Purple Butterfly, de Ye Lou, Shara, de Naomi Kawase, Swimming Pool, de François Ozon, The Brown Bunn, de Vincent Gallo, The moab story/ The tulse luper suitcase – Part I, de Peter Greenaway, Tiresia, de Bertrand Bonello, e Uzak, de Nuri Bilge Ceylan.

continua após a publicidade

continua após a publicidade