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Capital mundial do livro, Sharjah é convidada de honra da Bienal

Pela primeira vez em 50 anos, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo tem uma cidade como convidada de honra: Sharjah, capital cultural dos Emirados Árabes Unidos e nomeada pela Unesco como a capital mundial do livro em 2019, terá estande com debates, apresentações, oficinas e leituras.

A Sharjah Book Authority também traz ao País 40 livros de autores árabes traduzidos ao português, na tentativa de aproximar autores e editores.

Segundo o presidente da entidade, Ahmed Al Ameri, as oportunidades são imensas por conta da influência árabe no Brasil. “Nossas culturas têm mais em comum mais do que outra coisa. Com essa aproximação, buscamos oportunidades para brasileiros publicarem seus livros lá, mas também para editoras daqui encontrarem nossos livros. Se nos ajudarmos um ao outro, fazemos a indústria mais forte”, diz, por telefone.

A cidade árabe inaugurou em 2017 a Sharjah Publishing City, a primeira zona franca do mercado editorial do mundo. Em 40 mil metros quadrados e mais de 300 escritórios equipados para empresários e editores, o espaço de negócios é livre de impostos, tem custos reduzidos de energia, logística e trabalho e liberdade de transferência de capital únicos no mundo.

“Você encontra ali editoras, distribuidoras, gráficas. Sarjah é o único emirado com dois portos, um para o Golfo Pérsico e outro para o Oceano Índico, então temos acesso muito fácil a vários mercados, tanto na Europa, como na África e na Ásia”, diz Ahmed. A ideia, segundo ele, é incomodar o mercado chinês.

Com 1,4 milhão de habitantes, o mercado editorial em Sharjah vale US$ 233 milhões, e o plano é triplicar até 2030. A feira do livro local é a terceira maior do mundo, e em 2017 teve 2,3 milhões de visitantes.

No ano passado, a maior delegação de editoras latino-americanas na jornada de negócios da feira de Sharjah era a brasileira, segundo o gerente de relações internacionais da Câmara Brasileira do Livro, Luiz Álvaro Salles Aguiar de Menezes. “Estamos trabalhando por essa aproximação há dois anos”, explica. Foram reuniões em Frankfurt, Bolonha e Guadalajara, e o trabalho deve seguir após a Bienal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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