Cantora lírica paranaense faz sucesso no exterior

A mezzo-soprano curitibana Kismara Pessatti, que há oito anos vive na Europa, está de volta ao Brasil onde deverá fazer algumas audições. Bacharel em Canto Lírico pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), Kismara vem se destacando dentro da música lírica, e hoje faz parte do corpo permanente da Ópera de Zurique.

Mesmo com uma agenda cheia de compromissos para 2008 – que incluem óperas em russo e barroca, além de apresentações no Brasil -, a cantora irá se dedicar à criação de uma entidade de apoio a estudantes de música que querem continuar sua formação no exterior.

A proposta, segundo Kismara, é conseguir parcerias entre financiadores brasileiros e europeus para auxiliar os jovens músicos, que muitas vezes têm condições técnicas, mas não financeiras para continuar na carreira. ?É muito difícil sair do Brasil. Eu mesma, quando fui estudar em Berlim, quase voltei por falta de condições. Até trabalhei como faxineira para me sustentar. Se não fosse a bolsa de uma entidade católica alemã não teria conseguido me manter?, lembra. E é essa dificuldade que a cantora quer evitar para muitos colegas.

Apesar de não poder adiantar outros detalhes do projeto, Kismara revelou que ele deve se concretizar em breve. Além de apoio aos músicos, a cantora espera que com isso o Brasil dê mais valor à cultura. ?A música erudita nasceu na Europa, e por isso entendo que a ópera ainda é algo novo para o Brasil. Porém, percebo que a população está sedenta para ouvir coisas novas, e de qualidade?, falou. Por isso, a proposta é que os músicos se aperfeiçoem no exterior e voltem para o seu País.

Trabalhos

Nesse tempo que morou fora do Brasil, Kismara Pessatti já se apresentou ao lado de nomes importantes da música, como o tenor espanhol José Carreras, os Meninos Cantores de Viena, o regente Nikolaus Harnoncourt, o barítono americano Thomas Hampson, e o tenor argentino José Cura. Entre os trabalhos que marcaram sua carreira, Kismara lembra da turnê feita neste ano pelo Japão junto com a Ópera de Zurique, quando em duas semanas montaram duas óperas: O Cavaleiro da Rosa, de Richard Strauss e La Traviata, de Guiseppe Verdi. ?Foi um trabalho muito puxado mas gratificante, pois a recepção do público foi algo impressionante?, lembrou. Outro trabalho marcante foi a participação na abertura da Copa Européia de 2008,  transmitida ao vivo para 135 países. 

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo