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Foto: Divulgação

Sol LeWitt despontou como um dos protagonistas da arte minimalista.

São Paulo – O artista norte-americano Sol LeWitt morreu no último sábado em Nova York, aos 78 anos, vítima de câncer. Na década de 1960, ele despontou como um dos protagonistas da arte minimalista nos Estados Unidos, ao lado de artistas como Donald Judd e Frank Stella. As formas coloridas, geométricas e que seguem repetidas nas composições abstratas, dinâmicas e ópticas se tornaram sua marca, principalmente a partir do fim desses anos, quando começou a se dedicar a trabalhos murais de escalas maiores.

O público brasileiro pôde ver suas obras em 1996, quando LeWitt participou da 23.ª Bienal de São Paulo, dentro da representação nacional dos EUA. Na época, exibiu grandes obras murais realizadas naquele mesmo ano e para a ocasião – um destaque eram as estrelas com seis e sete pontas, dentro de faixas, coloridas e pintadas em camadas sobrepostas de tinta aquarelada.

Nascido em 9 de setembro de 1928 na cidade de Hartford, no Estado de Connecticut, LeWitt era filho de imigrantes russos – ele perdeu o pai quando tinha 6 anos. Sua formação foi tradicional e em 1949 ele terminou seus estudos na Syracuse University. Certa vez LeWitt afirmou que estudou arte porque ?não tinha outra coisa para fazer??.

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As formas coloridas,  geométricas e que seguem repetidas nas composições abstratas.

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Depois de formado, mudou-se para Nova York em 1953 e desde então viveu e trabalhou, principalmente, nessa cidade. Seus trabalhos iniciais estiveram relacionados com o design gráfico e um de seus primeiros empregos em Nova York foi no escritório do arquiteto I M. Pei – antes disso serviu no Exército americano durante dois anos, na Guerra da Coréia.

Quando chegou a Nova York, naquela fase se estabelecia cada vez mais nos EUA o movimento da arte abstrata, principalmente o expressionismo abstrato no pós-guerra. Dentro do espírito de novas possibilidades, LeWitt começou a criar já algumas obras de raiz abstrata e geométrica, volumes com formas de triângulos, cubos e esferas coloridas – era o espectador que mentalmente adentrava no jogo proposto pelo artista, nesse sentido já no caminho de ser um dos ?fundadores da arte conceitual?, como afirmou o curador da 23.ª Bienal de São Paulo, Nelson Aguilar. ?O suporte e o gesto resumem-se a intermediários da fagulha criativa que estimula o público a descobrir que a arte não vive exclusivamente do espaço consignado.

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