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O veterano Leonard Cohen durante turnê,

Com uma carreira que começou na poesia, caminhou pela prosa e desembocou na música, o canadense Leonard Cohen, que havia anunciado sua aposentadoria em 2005 e retornou após ser passado para trás por sua agente, alcança o auge de sua carreira e terá sua trajetória retratada em uma biografia escrita pela jornalista britânica Sylvie Simmons. “I’m Your Man – The Life of Leonard Cohen”, que não tem previsão de chegada às terras tupiniquins, mostra o poderio de um homem que influenciou nomes como Renato Russo, Ian McCulloch, Nick Cave e o pessoal do R.E.M.,

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Com sua voz anasalada e suas letras pungentes – que muitas vezes não são cantadas, são declamadas feito um poema -, Cohen não é tão popular no Brasil como Bob Dylan, outro ícone que mescla a poesia à música, mas tem seu trabalho bem representado por aqui. Além dos discos lançados, é possível encontrar a coletânea de poemas “Atrás das linhas inimigas de meu amor”, com tradução e organização do poeta curitibano Fernando Koproski. Recentemente, a editora carioca Cosac Naify lançou “A Brincadeira favorita”, primeiro livro em prosa de Cohen – território que ele iria explorar apenas mais uma vez com, o ainda inédito no Brasil, “Beautiful losers”.

Simmons, que é devota de “malditos” como Tom Waits e Neil Young, confirma que a biografia não foi autorizada pelo canadense, no entanto, ela reiterou que para compor o livro entrevistou mais de cem pessoas. Isso pode ser explicado pelo fato de Cohen ser um pop star um tanto diferente, que prefere manter-se longe dos holofotes e que, no início de carreira, não era muito afeito aos palcos.

Velhas ideias

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O ano de 2012 tem sido um tanto laborioso para o poeta e cantor, pois, além do lançamento do disco “Old ideas”, o primeiro em anos, ele preparou um turnê virtuosa que por onde passou conseguiu atrair os aplausos do público e da crítica, ambos mostrando respeito a um homem que ajudou a compor o estereótipo da música.

Fundido a religiosidade ao sexo, o disco funciona como um ode à sua brilhante existência, com passagens épicas como “Show me the place” e “Going home” e “Banjo”. Resta agora esperar uma passada de “Leo” por aqui.

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