O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, anunciou ontem o nome das 28 instituições contempladas pelo Programa de Adoção de Entidades Culturais, que investirá R$ 5 milhões por ano na preservação de acervos da cultura do País. O evento, que aconteceu no Rio de Janeiro com a presença do ministro da Cultura, Gilberto Gil, marca um ano promissor em investimentos culturais da Caixa. O banco investiu R$ 23,7 milhões em 2004 e, em 2005, pretende ampliar sua atuação no apoio à preservação do patrimônio cultural e histórico do País e expandir sua rede de conjuntos culturais em quatro novos centros pelo Brasil (Fortaleza, Porto Alegre, Recife e outro no Rio de Janeiro).
Nesses novos conjuntos culturais, serão investidos quase R$ 22 milhões para instalar teatros, livrarias, cafés culturais, galerias, salas de cinema/vídeo, bibliotecas, espaços para oficinas e centros de formação. Eles completam a já ampla rede de conjuntos culturais da Caixa, presentes em Salvador, Curitiba, Rio e São Paulo.
"O Brasil vive um momento singular na sua história, não só pelos resultados do crescimento econômico e as perspectivas futuras para o País, mas também pela maior participação da sociedade brasileira na tomada de rumo ao seu destino. E a participação da Caixa é imprescindível, pois é nesse momento que iremos consolidar um projeto de nação que tem por primazia a inclusão social e cultural do povo brasileiro", comemorou Jorge Mattoso.
Adoção cultural
O Programa Caixa de Adoção de Entidades Culturais foi criado em setembro do ano passado, quando fervilhavam na Caixa outras iniciativas importantes, como o premiado Programa Caixa Artesanato Brasil com Design, que está apoiando comunidades de artesãos em seis estados brasileiros, e o Convênio Caixa/Ministério da Cultura que está destinando R$ 6 milhões em recursos para o restauro de quatro museus nacionais (Belas Artes e Histórico Nacional, no Rio, Inconfidência, em Ouro Preto, e Afro, em Salvador).
A adoção de entidades culturais objetiva apoiar projetos de museus e instituições abertas à comunidade, de direito público ou privado, sem fins lucrativos, visando à promoção, à preservação e à divulgação do patrimônio cultural brasileiro. As entidades tiveram até o dia 16 de novembro para entregar suas propostas e concorrerem aos incentivos que somam R$ 5 milhões.
No Paraná, o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná foi classificado com o projeto Preservação e Tratamento das Coleções Paranaguá e recebeu R$ 174.916,73 .
O Programa tem faixas de investimento entre R$ 50 mil e R$ 500 mil. Os recursos serão utilizados para patrocinar, por um período de um ano, ações de recuperação dos acervos de relevância nacional – aí incluídas as possibilidades de implantação ou modernização de laboratórios de conservação/restauração e de tratamento técnico e acondicionamento adequado das coleções. Patrocinará também ações de aquisição de acervo para a expansão ou atualização das coleções, de pesquisa, catalogação e informatização de acervo. Também estão contemplados projetos de implantação ou ampliação de reserva técnica e implantação ou reformulação de módulos expositivos de longa duração.
