Profundo conhecedor das dependências do Centro Cultural São Paulo, no número 1000 da Rua Vergueiro, o jornalista, roqueiro e apresentador de televisão, Cadão Volpato, assumiu nesta semana a direção do centro. Ele foi escolhido pela gestão Doria para cuidar de um dos mais cativantes espaços culturais da cidade.

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Cadão, que cantou na sala Adoniran Barbosa algumas vezes como vocalista da banda de pós-punk Fellini, diz que quer potencializar a genética aglutinadora do CCSP e torná-la mais visível. “Esse é o aparelho cultural mais democrático de São Paulo, já nasceu com essa cara multidisciplinar. Tenho a sensação de que pode ser mas potencializado”.

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Empolgado depois de ser apresentado às dependências do CCSP pela atual diretor, Pena Schmidt, o novo gestor tem uma ambição particular. “Quero que aqui se torne o coração cultural da cidade”.

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O CCSP, na visão de Cadão, carece de maior visibilidade. Como ele diz, é um espaço em que tudo parece acontecer ao mesmo tempo. Música, discoteca, gibiteca, teatro, dança, dançarinos de hip hop e praticantes de skate dividem o mesmo espaço, mas, em sua opinião, é preciso inverter um jogo. “É preciso encarar como centro, tornar tudo mais relevante. É preciso integrar as atrações. Um sujeito que vai ver o show de música não sabe o que acontece no teatro. É preciso interagir, estabelecer um sistema único e fazer pulsar.”

Sua nomeação pode criar uma expectativa natural na comunidade de música independente, um DNA já contemplado pela programação musical e teatral do CCSP. Mas Cadão não diz que deve pensar de forma excludente. “Isso aqui pertence à cidade. Minha intenção é fazer com que todos os curadores tenha trânsito por todas as áreas, que não seja uma curadoria segmentada. Quero que o trabalho seja compartilhado”. Esta seria uma forma, segundo Cadão, de diversificar mais, com maior qualidade artística, a programação.

Sobre os roqueiros indies, o diretor diz que tem um carinho pelo gênero em que foi concebida sua persona artística, mas que vai pensar como um gestor. “A energia do rock é fundamental, mas quero outras expressões que estão acontecendo na cidade por aqui”.