Muita gente tenta se segurar, mas é difícil não mudar o tom de voz ao falar com um bebê. Além de olhares tortos, esse tom pode atrair algo bem mais positivo: cachorrinhos. Uma pesquisa publicada na Proceedings of the Royal Society B indica que os filhotinhos tendem a ficar mais atentos quando usamos um tom agudo e falamos mais lentamente com eles.

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Os pesquisadores mostraram fotos de cachorros a um grupo de adultos e pediram que eles falassem diretamente com os animais – alguns filhotes, outros mais velhos. Para comparar, gravaram as mesmas frases em tom normal, falando diretamente com um ser humano. Depois de analisarem diversos aspectos das gravações, como tom de voz e frequência, os pesquisadores perceberam que a forma de falar muda ainda mais quando nos dirigimos aos filhotes.

Então foi a vez de um grupo de cachorros ouvir os áudios. Enquanto os mais idosos responderam igualmente às gravações direcionadas aos humanos e às direcionadas aos cães, os filhotes ficaram bem mais atentos ao ouvir as gravações direcionadas a eles – com tom de voz mais agudo e fala mais lenta.

Não foi possível concluir exatamente por que isso acontece, mas os pesquisadores arriscam dizer que, assim como os bebês, falar com os cahcorrinhos dessa maneira “pode ser eficiente para promover aprendizado de palavras – uma habilidade demonstrada pelos cães.” Eles ainda ressaltam que nossa mente acaba juntando cachorros e bebês na mesma categoria de “companhias não-verbais”, ou seres que apenas ‘meio que entendem’ o que estamos dizendo.

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