Caboclinho, um ritmo que reúne famílias

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Um dos ritmos mais tradicionais do carnaval de Pernambuco, o caboclinho – mistura de dança e músicas com raízes indiígenas – também faz parte da tradição familiar do estado. Em vez dos blocos, os caboclinhos se organizam em tribos formadas por famílias e amigos. Vestidos com penas, plumas e paetês, os foliões brincam no Marco Zero do Recife, levando seus filhos pequenos.

“Eu nasci no caboclinho, nunca pensei em pular carnaval brincando com o frevo”, diz Paulo César da Silva, que segurava o estandarte de sua tribo, a Sete Flechas. Com um cocar azul e plumas nos tornozelos, ele começa a ensinar os passos para sua filha Nathaly. “Meu avô ensinou o meu pai, que me ensinou. Agora é minha vez de trazer a minha filha.” Ao ritmo de atabaques e flautas, Paulo fez os passos ao lado da menina, que olhava atentamente o pai.

A família de João Batista Galdino da Silva também ensaiava os passos de baião, perré, guerra e macumba ao lado dos filhos Mateus e Rayechillem. “Antes de morrer, meu pai pediu que eu não deixasse o caboclinho acabar”, conta João Batista, da tribo Tribogé.

João afirmou que sempre ensaia com as crianças em casa. A pequena Rayechillem, de pés descalços e cocar, mostrava que aprendeu as lições, fazendo os passos da tesourinha, por meio dos quais cruzava os pés de um lado para outro. Segundo João Batista, dos 100 integrantes da Tribogé, 46 são crianças. “Nossa tribo é para que as crianças e adultos possam brincar dentro da tradição”.

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