Foi o que senti, quando aqueles vigaristas falaram que eu deveria pagar trezentos e oitenta reais. Eles chegaram na maior cara-de-pau, identificando-se como funcionários da Copel! Ao recusar o tal pagamento, o valor foi baixado para cento e cinqüenta… Minha filha, de telefone em punho, falou-lhes que aquela conta seria discutida na presença de policiais e que ela já estava acionando a polícia! Falei que iria chamar meu vizinho. Desci as escadas, acompanhada de perto por um deles que, apavorado, tentou bloquear a minha saída do prédio. Mas saí. O tal sujeito viu que eu pedia ajuda a um grupo de homens parados na porta ao lado. Mais assustado ainda ficou ao perceber seu companheiro descendo as escadas perseguido por minha filha que falava ao telefone.
No minuto seguinte pudemos ver os dois vigaristas em desabalada carreira, seguidos pela minha filha, que queria verificar o número da placa do carro deles!
Dia seguinte, um telefonema ameaçador. Mudamos o número!
Eles usam o nome da Copel, enganam os desavisados e estão saindo impunes.
Registramos queixa na polícia, onde constatamos que são inúmeros os casos desse tipo de estelionato, aqui na cidade.
Margarita Wasserman – Escritora e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.