Vinda de San Bernardino (Paraguai) e incorporada à cena musical indie de Curitiba, a cantora e compositora Maria Quevedo ficou conhecida no Sul como Maria Paraguaya. Fã do vaudeville e da canção de cabaré francesa, ela começou na cena como vocalista de apoio Giovanni Caruso e o Escambau em 2006 (até casar-se com Caruso, em 2006, e formar com ele uma dupla notavelmente sincronizada).

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Há dois anos, Maria Paraguaya criou sua própria banda, Cavernoso Viñon, que mescla um universo meio camp, quase brega, à linha evolucionista do cabaré francês – por vezes, parece uma mistura do repertório de um clube como o Lapin Agile e a música derramada de um Reginaldo Rossi, como em Sang de Boeuf.

A Cavernoso Viñon (o nome poderia ser traduzido, rocambolescamente, como Vinhão Cavernoso) lançou um EP com cinco músicas e está em vias de lançar seu primeiro disco, disse Maria, durante show com Giovanni Caruso no festival Paraíso do Rock (PR). Ela chuta um francês bem farsesco, paraguaio, e tem uma presença de palco admirável, com um toque de eu me garanto assombroso.

O pop rock francês dos anos 1960, de Serge Gainsbourg e Christophe, se mistura a um toque de Tom Waits e aquela decadência autossuficiente, e o resultado é um dos grandes atos alternativos do momento no País. Ela definiu suas músicas, ao jornal Gazeta do Povo, como “aquelas músicas para ouvir antes de se enforcar”. O clima é retrô, a ambiência é de brechó, o clima é de fossa, mas a eletricidade de Maria é urbanoide e ciclotimica. Tem grande senso de humor.

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