Há seis anos, um mestre do cinema político – Costa-Gavras – presidia o júri de Berlim que premiou Tropa de Elite (o primeiro) com o Urso de Ouro. Este ano, o júri é presidido pelo produtor e roteirista James Schamus, dos EUA. Nome importante do cinema independente – e autoral -, tem sido parceiro de Ang Lee. Há curiosidade para saber como se comportará perante os filmes latinos – e o brasileiro da vez – na competição.

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Karim Aïnouz já contou à reportagem de sua emoção em estar na competição berlinense. Em Cannes e Veneza, ele participou de seções paralelas. Agora, é para valer. Ele tem familiaridade com a Berlinale, e com Berlim. Filmou A Praia do Futuro em Fortaleza e na capital alemã. O filme discute, a partir da ligação de dois irmãos, conceitos como virilidade e super-herói. O mais jovem segue a trilha do mais velho, que sumiu na Alemanha sem dar notícia. Era seu ídolo (o personagem de Wagner Moura). O que terá ocorrido com ele?

Karim participa com um filme e meio da seleção de 2014 – além de A Praia do Futuro, assina um dos episódios de Cathedrals of Culture, que passa fora de concurso. O Brasil participa com 2 longas de outra seção – Panorama. Um deles é O Homem das Multidões, de Marcelo Gomes e Cao Guimarães, inspirado no conto de Edgar Allan Poe; e o outro, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, de Daniel Ribeiro, que retoma o personagem do curta Hoje Eu Não Quero Voltar Sozinho, do diretor – um adolescente que descobre a sexualidade ao mesmo tempo que tenta firmar sua independência.

O Cinema do Brasil monta seu estande no mercado. O programa do Sindicato da Indústria Audiovisual de São Paulo visa a promover o cinema brasileiro no mercado externo e desenvolver condições favoráveis para a atuação das empresas nacionais no exterior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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