O Brasil é oficialmente, desde ontem pela manhã, o país convidado da Feira do Livro de Frankfurt de 2013. O acordo foi assinado pelo diretor do evento, Juergen Boss, pelo Ministério da Cultura brasileiro, representado pelo presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, José Almino de Alencar e Silva Neto, e pela presidente da Câmara Brasileira do Livro, Rosely Boschini.
Com isso, na edição daquele ano, o mercado editorial brasileiro terá à disposição um pavilhão especial, para o qual estão previstos encontros com escritores, editores e livreiros. A data também é estratégica, pois antecipa a Copa do Mundo (2014) e a Olimpíada do Rio (2016).
“Oficializado o convite, o MinC anunciou que vai formar, ainda este ano, a comissão encarregada da organização”, disse Rosely. De fato, são muitos os detalhes a serem acertados – a feira faz uma série de exigências – e a intenção principal é evitar o vexame brasileiro de 1994 quando, também na condição de convidado oficial, constrangeu os próprios editores nacionais por espalhar mulatas que serviam caipirinha no estande oficial.
Para a presidente da CBL, o primeiro passo será incentivar um aumento na quantidade de traduções para o alemão de obras brasileiras. “Muitos escritores já são conhecidos, como João Ubaldo Ribeiro, mas é preciso apresentar as novas gerações”, acredita Rosely. “Aos poucos, vamos ter eventos também em outras localidades de Frankfurt, preparando o terreno para 2013.”
A condição de país convidado oferece uma visibilidade no mercado europeu que, se bem trabalhada, pode se tornar vantajosa. Na Alemanha, por exemplo, onde os livros mais traduzidos são da Polônia e da China, a venda de livros movimentou cerca de 1,18 bilhão de euros no ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.