Brasil concorre com 22 produções no Festival de Cinema de Havana

Havana – O Brasil terá uma participação de peso no XXV Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano em Havana, que começou oficialmente ontem, e concorrerá com sete longas de ficção, cinco documentários e dez filmes de animação.

Estão no páreo Amarelo Manga (de Cláudio Assis), O Caminho das Nuvens (Vicente Amorim), Carandiru (Héctor Babenco), Deus é Brasileiro (Cacá Diegues), Dois Perdidos Numa Noite Suja (José Joffily), O Homem do Ano (José Henrique Fonseca) e O Homem que Copiava (Jorge Furtado).

Entre os que disputam o prêmio de melhor documentário estão Ônibus 174 (José Padilha), Edifício Master (Eduardo Coutinho) e O Prisioneiro da Grade de Ferro (auto-retratos) (Paulo Sacramento).

Na categoria animação, representam o Brasil A Lasanha Assassina, de Ale McHaddo, e Tangerine Girl, de Viviane Marquês, entre outros. Na seção Fora de concurso, está Filme de Amor, de Júlio Bressane. Hoy y Mañana, obra-prima do diretor argentino Alejandro Chomski, inauguraria oficialmente as sessões ontem. A cerimônia de abertura e a exibição do filme estavam programadas para o teatro Karl Marx, com quase 5 mil cadeiras disponíveis. No evento, que vai até o dia 12, serão exibidas centenas de filmes para todos os gostos.

O cineasta cubano Alfredo Guevara, presidente do comitê organizador, anunciou que foram selecionados 38 longas-metragens para competir no gênero de ficção; 24 novos produtores vão lutar pela prêmio de melhor obra-prima e 33 documentários de 14 países serão analisados pelo júri. Concorrem ainda 33 filmes de animação e 97 roteiros inéditos.

“Cerco”

“Este 25.º aniversário chega para nós em circunstâncias difíceis, quando se apresentam de todas as latitudes sinais de cerco”, ressaltou Guevara em uma entrevista coletiva à imprensa, referindo-se à posição assumida pela União Européia (UE) em junho passado, de punir a ilha por sua política de repressão contra a dissidência interna. Ele disse estar satisfeito, porém, com a qualidade e quantidade do material recebido, e explicou que os organizadores tiveram de escolher os filmes da programação de um total de 879 produções, procedentes dos mais diversos países.

Homenagem

O Festival também terá seminários, conferências e apresentação de livros ligados à indústria cinematográfica. Além disso, haverá uma homenagem ao conjunto da obra do diretor grego Constantin Costa-Gravas, que estará em Havana para as comemorações. O júri para as obras de ficção é formado pelos diretores Miguel Litin (Chile), Felipe Cazals (México), Eliseo Subiela (Argentina), Manuel Pérez (Cuba) e o ensaísta e crítico de cinema Ruby Rich (Estados Unidos).

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