Vingança, mortes violentas, sangrias desatadas e o apurado e peculiar humor sarcástico de Quentin Tarantino. Até mesmo os gângsteres, comuns em seus filmes, ainda que fardados, são lembrados em encontros escuros, sob fumaça de cigarros.

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Ingredientes que fizeram célebres “Kill Bill” (2003 e 2004), “Pulp Fiction” (1994), “Cães de Aluguel” (1992) e “Jackie Brown” (1997) temperam “Bastardos Inglórios”, que estreia hoje nos cinemas do País, com Brad Pitt.

Mas a aparente temática de guerra que prometem os cartazes é parcialmente frustrada – não há batalha alguma entre exércitos. Nas mãos de Tarantino, o cenário da Segunda Guerra Mundial é distorcido e resumido a pura ficção.

Em uma França ocupada por nazistas na década de 40, os ‘Bastardos’ são apresentados como um punhado temido de soldados judeus mercenários, que têm a missão de destruir o alto comando do Terceiro Reich. O chefe do bando é o tenente Aldo Raine, vivido por Brad Pitt.

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Dividido em quatro capítulos, o filme se desenrola em formato de folhetim, artifício muito usado por Tarantino, em duas tramas paralelas e independentes, que só se trombam no desfecho. O início da trama leva o espectador aos confins do interior bucólico da França, onde uma patrulha nazista vistoria o casebre de um fazendeiro.

O coronel Hans Landa (Christoph Waltz), é logo apresentado como ‘o caçador de judeus’, e desconfia de que ele esconde refugiados em seu porão. De uma família metralhada sem dó, sobrevive a jovem Shosanna Dreyfus (Mélanie Laurent), a quem o algoz deixa fugir, correndo pelos campos.

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No papel que seria inicialmente do galã Leonardo DiCaprio, Waltz revela-se o verdadeiro protagonista da trama. O diretor preferiu escalar um ator alemão que falasse francês. Durante todo o filme, os atores conversam em inglês, francês e alemão. As informações são do Jornal da Tarde.