“Black Swan” abre Festival de Cinema de Veneza

Com a exibição de “Black Swan”, de Darren Aronofsky, começa hoje a disputa pelo Leão de Ouro da 67ª edição do Festival de Veneza. O que se sabe do filme é que se trata de um thriller psicológico, com Natalie Portman no papel de Nina, primeira-bailarina que se enreda numa louca competição com uma recém-chegada à companhia, Mila Kunis. Aronofsky dá sorte em Veneza: já ganhou seu Leão de Ouro em 2008 com “O Lutador”, filme estrelado por Mickey Rourke. Tenta agora o segundo, uma façanha para poucos.

Para tentar reeditar a conquista de “O Lutador”, Aronofsky terá de entrar na arena e enfrentar outros 23 competidores, a maior parte deles em condições teóricas de enfrentá-lo. Um desses 23 ninguém sabe ainda qual é: o filme-surpresa será revelado só no dia 6. Entre os outros, há gente como Sofia Coppola (“Somewhere”), Vincent Gallo (“Promises Written in Water”), Abdellatif Kechiche (“Venus Noire”), Tom Tykwer (“Drei”), nomes conhecidos do circuito dos festivais. Concorrentes fortes, portanto, embora não haja, este ano, disputando o Leão, aqueles “nomões” de sempre, os bichos-papões de prêmios no circuito top dos festivais europeus.

Na composição, digamos assim, ‘geopolítica’ da mostra principal não houve surpresa. Muitos filmes europeus, muitos norte-americanos, alguma coisa da Ásia e uma solitária presença latino-americana – Pablo Larraín representa o Chile, e a América do Sul, com seu “Post Mortem”. O Brasil, mais uma vez, ficou fora da competição principal. O único longa-metragem dirigido por um brasileiro é “Lope”, de Andrucha Waddington, e passa fora de concurso. É uma coprodução com a Espanha e retrata a vida do poeta e dramaturgo do século de ouro espanhol Félix Lope de Vega. Outro representante brasileiro é o curta “O Mundi É Belo”, de Luiz Pretti.

Ao anunciar a programação, o diretor do festival, Marco Müller, disse que em 2010 se conseguira a mais baixa média etária dos diretores concorrentes em muitos anos. Saudou o fato como índice de renovação. Os filmes serão avaliados pelo júri presidido por um nome que é ícone entre jovens – Quentin Tarantino. Seus companheiros são o roteirista e diretor mexicano Guillermo Arriaga, a atriz lituana Ingeborga Dapkunaite, o cineasta e roteirista francês Arnaud Desplechin, a cantora norte-americana Danny Elfman e os diretores italianos Luca Guadagnino e Gabriele Salvatores.

A disputa pelo Leão de Ouro, na mostra intitulada Venezia 67, é o filé mignon do festival. Quem se dispõe a acompanhá-lo tem de ver, por dever de ofício, todos os seus 23 concorrentes. Mas a verdade é que o festival não se resume à competição principal. Veneza reserva outra mostra interessante, a Horizontes, destinada a filmes de caráter mais experimental. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Confira a lista de concorrentes:

“Black Swan” – Darren Aronofsky (EUA);

“La Pecora Nera” – Ascanio Celestini (Itália);

“Somewhere” – Sofia Coppola (EUA);

“Happy Few” – Antony Cordier (França);

“La Solitudine dei Numeri Primi” – Saverio Costanzo (Itália);

“Silent Souls – Aleksei Fedorchenko” (Rússia);

“Promises Written in Water” – Vincent Gallo (EUA);

“Route to Nowhere” – Monte Hellman (EUA);

“Balada Triste de Trompeta” – Álex de la Iglesia (Espanha);

“Venus Noire” – Abdellatif Kechiche (França);

“Post Morten” – Pablo Larraín (Chile);

“Barney’s Version” – Richard J. Lewis (Canadá);

“Noi Credevamo” – Mario Martone (Itália);

“La Passione” – Carlo Mazzacurati (Itália);

“13 Assassins” – Takashi Miike (Japão);

“Potiche” – François Ozon (França);

“Meek’s Cutoff” – Kelly Reichardt (EUA);

“Miral” – Julian Schnabel (EUA, Canadá, Itália);

“Norwegian Wood” – Ahn Hung Tran (Japão);

“Attenberg” – Attina Rachel Tsangari (Gr&eacute,;cia);

“Detective Dee and the Mystery of the Phantom Flame” – Hark Tsui (China);

“Drei” – Tom Tykwer (Alemanha);

“Essential Killing” – Jerzy Skolimowski (Polônia).

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