Bienal de São Paulo termina domingo

Termina neste domingo (17/12) a 27.ª Bienal de São Paulo. A mostra internacional de arte contemporânea, aberta dia 7 de outubro, expõe cerca de  mil obras de 118 artistas – 96 estrangeiros e 22 brasileiros. O acesso é gratuito.

Pela primeira vez na história da Fundação Bienal, presidida por Manoel Francisco Pires da Costa, o projeto curatorial foi eleito por meio de um comitê internacional. Foram descartadas as representações nacionais e uma equipe internacional de curadores viajou o mundo em busca dos artistas que melhor representam os ideais e conflitos da vida contemporânea em espaços partilhados.

Além disso, 10 artistas residentes de várias cidades do mundo passaram de um a três meses no Brasil nas cidades do Acre, Recife e São Paulo preparando seus trabalhos. Um dos artistas do inédito projeto de residência da Bienal é Meschac Gaba, que construiu a obra Sweetness (Doçura), a partir de sua permanência no Recife. Sua escultura, feita com açúcar, reconstrói o centro da cidade, mesclando-o com ícones da arquitetura contemporânea de outros lugares.

A 27.ª Bienal começou a mostrar e a discutir a produção artística contemporânea em janeiro, quando foi iniciado o ciclo de seis seminários realizados ao longo do ano. Em outubro, uma quinzena de filmes, com a exibição de 39 películas, evocaram o Como viver junto, tema central desta edição da Bienal.

A curadora geral Lisette Lagnado, ao lado dos co-curadores Adriano Pedrosa, Cristina Freire, José Roca e Rosa Martínez e o curador convidado Jochen Volz trabalharam para fazer uma bienal mais ousada e mais ligada às condições atuais da prática artística contemporânea.

Inspirado em seminários de Roland Barthes, o tema desta bienal, Como viver junto, propõe uma reflexão sobre a vida coletiva em espaços partilhados. A curadoria da bienal buscou artistas que tivessem como tema central à obra a questão dos limites, fronteiras e a incorporação das diferenças na esfera da vida cotidiana.

O viver junto está não apenas nas obras expostas no pavilhão. Alguns artistas, como o grego Zafo Xagoraris, colocaram seus trabalhos em praça pública. Xagoraris tem uma instalação acústica na Avenida Rio Branco, centro de São Paulo. Além disso, durante o período da mostra, ônibus partem do pavilhão rumo à periferia da zona sul da capital, para que o público possa visitar o Jardim Miriam Arte Clube (Jamac), convidado pela bienal.

Tentando incorporar o público da periferia e visitantes de baixa renda ao corpo de visitantes da 27.ª Bienal, o projeto educativo, encabeçado por Denise Grinspum, criou cinco núcleos de discussão sobre arte contemporânea, em parceria com os Centros Educacionais Unificados (CEUs), na periferia da capital. Ainda pelo projeto, foi ministrado um curso de capacitação para professores das redes pública e particular, com intuito de preparar alunos em sala de aula antes da visita à exposição.

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