Bibi Ferreira festeja 70 anos de carreira em show em SP

Cantora, atriz, diretora e compositora, Bibi Ferreira completa neste ano 70 anos de carreira. Para a artista, de 88 anos, nada muito importante. “Você vai ver quando estiver com a minha idade. Vai estar velha, feia, sem namorado. Não tem nada pra se comemorar”, contou em entrevista concedida pouco antes de começar o ensaio de seu novo show, “De Pixinguinha a Noel, passando por Gardel”. O espetáculo, que tem apresentação única hoje à noite, no Teatro Bradesco, abre as comemorações do marco na carreira da atriz e cantora. No repertório, clássicos de Pixinguinha, Francisco Alves e Tom Jobim dividem espaço com tangos que Bibi canta acompanhada pelos músicos da orquestra El Arranque, a mais importante de tango da Argentina.

“A ideia foi colocar dentro de um espetáculo a proposta de que eu não somente canto (Edith) Piaf. Há 27 anos que eu vivo às custas dela. Vou me desfazer um pouquinho disso. É um show muito bonito e patriótico”, explica Bibi, que tem um espetáculo com canções da cantora francesa há 27 anos, e em abril fez a primeira apresentação de seu novo show em Buenos Aires. A apresentação arrancou elogios da crítica especializada. Não à toa. Filha da corista argentina Aída Izquierdo Ferreira, Bibi aprendeu a falar espanhol antes do português e cresceu ouvindo tangos em casa. “O irmão da minha mãe trabalhava no consulado da Argentina no Brasil e levava os argentinos para tomar uma bebida e jantar lá em casa. Violão pra cá, violão pra lá, saía um tango”, explica a artista, que em 2006 lançou o CD “Tango”. O repertório do disco foi montado com a ajuda do maestro argentino Ignácio Varchausky, que é contrabaixista da El Arranque, e repete a parceria com Bibi nesse show.

Animada com o show, a artista promete algumas surpresas para a apresentação de hoje. “Pode ser que eu cante Roberto Carlos”, diz, e começa a cantar um trecho da música “Olha”. “Ele é meu amigo, e sou fã dele”, conta Bibi, que ultimamente tem escutado o trabalho de gente como Maria Gadú e Mart’nália. “Comprei um disco da Mart’nália e fiquei ouvindo sem parar. Acho que o trabalho dela reflete o Brasil”, opina Bibi.

Por causa da agenda da orquestra El Arranque – que está em turnê mundial até o fim deste ano – o show de Bibi só deve voltar a São Paulo em fevereiro, para então fazer um mês de apresentações. Mas as comemorações do marco da artista não param por aí. O novo CD dela, “Bibi Ferreira Brasileira – Uma suíte de amor”, deve chegar às lojas até o fim deste mês. No ano que vem, as comemorações continuam com o lançamento de uma fotobiografia, e de outro espetáculo musical, ainda mantido em segredo. “Vivo exclusivamente do meu trabalho, e tenho muito a agradecer ao público”, finaliza Bibi. As informações são do Jornal da Tarde.

Bibi Ferreira – De Pixinguinha a Noel, passando por Gardel. Teatro Bradesco (R. Turiaçu, 2.100). Tel. (011) 3670-4141. Apresentação única hoje, às 21h. Ingressos: de R$ 20 a R$ 120. Classificação indicativa: 10 anos

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