Benjamim, que estréia hoje, conta a história de uma paixão perigosa em dois tempos, separados por um lapso de 30 anos. Ao conhecer a jovem Ariela Masé, de espantosa semelhança com o grande amor de seu passado, o veterano e esquecido modelo publicitário Benjamim Zambraia revive as delícias e horrores da paixão. A “reencarnação” da sua amada Castana Beatriz tem algo mais a lhe oferecer: um acerto de contas com a sua própria consciência.
O filme se baseia no romance homônimo, o terceiro do compositor e escritor Chico Buarque, que foi traduzido para vários idiomas. Com sua estrutura sofisticada, seu labirinto temporal que, em vez de confundir, esclarece progressivamente o espectador, Benjamim é ao mesmo tempo fiel e independente em relação a sua matéria-prima literária.
Este é o segundo longa-metragem de Monique Gardenberg, a diretora do thriller político-psicológico Jenipapo, sucesso no Festival de Sundance de 1996. Na atmosfera do livro de Chico Buarque, Monique encontrou espaço para um filme reflexivo, cuja ação se encontra nas entrelinhas entre o real e o imaginário.
Benjamim teve sua estréia mundial no Festival de Sundance de 2003 e desde então, vem conquistando público e crítica nos festivais que participa. Ainda em 2003, rendeu a Cleo Pires o prêmio de Melhor Atriz no Festival do Rio. O filme também foi exibido na 27.ª Mostra BR de Cinema de São Paulo.
Além disso, a diretora baiana dirigiu recentemente o clipe de Alegria, canção que faz parte da trilha sonora do filme, composta por Arnaldo Antunes. O clipe foi gravado em fevereiro no Rio de Janeiro e contou com a participação especial de Chico Buarque, autor do romance homônimo que inspirou o filme, Arnaldo Antunes, Paulo José e Cleo Pires. O clipe estreou na TV no dia 14 de março.