Bendito fruto

Christiano Cochrane apresenta um dos poucos programas voltados para homens no canal feminino GNT. Desde 2004 ele comanda o Contemporâneo, que trata de tudo o que há de mais sofisticado no universo masculino e ainda possibilita que ele entreviste belas mulheres. Nesta última temporada, a produção passou por mudanças de formato. Antes, as reportagens ficavam mais restritas a tratamentos de beleza para os rapazes que gostam de cuidar da aparência. Mas a produção detectou que os homens tinham receio em assumir que eram vaidosos e que assistiam ao programa.

Agora, Christiano fala de tudo. De uma boa máscara facial à melhor maneira de se montar uma caixa de ferramentas. ?Hoje os caras me abordam e fico superfeliz. Antes parecia que mais mulheres é que viam o Contemporâneo. Adoro apresentar um programa sofisticado como esse?, comemora o apresentador de 35 anos, filho mais velho da jornalista Marília Gabriela.

P Na temporada atual, o Contemporâneo passou a enfocar temas que vão além da beleza para os homens. Foi uma tática para atrair um público mais amplo, que busca outros assuntos?

R A partir desta temporada ficou claro que o programa não é apenas sobre beleza e voltado para os metrossexuais. Falamos sobre tudo o que envolve o universo masculino. Antes, os homens tinham vergonha de assumir que assistiam. Agora eles dão o braço a torcer porque tratamos de tudo no programa. Fico superfeliz porque eu era muito mais abordado por mulheres. Agora os caras vêm comentar sobre algo que viram ou alguma reportagem que fiz.

O programa está na grade do GNT desde 2004. Como é comandar uma produção masculina em um canal feminino e como você avalia a sua performance em todo esse tempo?

A diretora-geral, Sonia Biondo, define o Contemporâneo muito bem. Ela diz que ?é um programa para homens, sobre homens, onde as mulheres são muito bem-vindas?. Sou um privilegiado por ter esse espaço no GNT. Sempre dei sugestões de pautas, mas agora minha participação é muito maior. A cara masculina está cada vez mais forte. Um dos nossos roteiristas, por exemplo, é o Léo Jaime. É um programa de qualidade, que me rende elogios. Mais do que tudo isso, ele me trouxe prestígio. O canal tem um público seleto e estar à frente desse tipo de programa é mais sofisticado ainda.

Mas antes disso você viveu experiências bem menos sofisticadas na tevê, como integrar a produção do Domingão do Faustão. Como aconteceu essa passagem?

Em 1998 entrei para a produção do Domingão do Faustão. Eu produzia pegadinhas. Depois disso fiz reportagens para a Band e fui repórter do Superpop, da RedeTV. Até que pintou a oportunidade de fazer um programa no GNT, chamado O Brasil é aqui. Era bem diferente do que faço atualmente porque viajava, era mais relaxadão. Adorei esse lance de ser apresentador e veio a proposta de comandar o Contemporâneo. Apresentar é uma atividade cada vez mais prazerosa.

A opção pela carreira televisiva não foi influenciada pela sua mãe?

Minha mãe sempre quis que eu trabalhasse em banco, na área de ?business? ou em algo do gênero. Mas não nasci para isso. Talvez seja genético ou pode ser que eu tenha absorvido por convívio esse gosto pela televisão. Não me vejo fazendo outra coisa.

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