O grupo Bayaka lança Projeto dos povos II, seu segundo CD, hoje, no Teatro da Reitoria, às 21h. Com pouco mais de dois anos de existência, neste trabalho o grupo dá continuidade ao projeto Música dos povos, que consiste no levantamento, transcrição, arranjo e execução de temas vocais e instrumentais oriundos das mais variadas regiões do globo. O resultado é fruto do interesse dos componentes do grupo (alunos e ex-alunos da FAP) que sem nenhum tipo de incentivo financeiro mantém-se praticamente o mesmo desde o início do projeto.
Idealizado por Plínio Silva e Liane Guariente com o objetivo de reunir uma banda com alunos e ex-alunos da FAP, o grupo é formado por 22 músicos (9 cantores e 13 instrumentistas), com média de idade de 21 anos. Atualmente eles têm se apresentado no circuito universitário de Curitiba (FAP, Embap, PUC, UFPR e UnicenP) além de alguns shows no Teatro Paiol, Sesc da Esquina, Festival de Inverno da UFPR de 2005 e na XXIV Oficina de Música de Curitiba.
A palavra Bayaka foi escolhida por ser exótica e ter uma sonoridade marcante. O significado é a reunião de culturas distintas. Os pigmeus da África Central: os mbutti (Zaire), os TWA (Zaire e Ruanda) e os babenga (Congo, República Central Africana, Gabão e Camarões), cada uma delas tem seus costumes e tradições particulares. A reunião dessas comunidades como um todo é denominada de Bayaka (Ba = povo e Yaka = os fortes). A direção geral é de Plínio Silva, que há vários anos desenvolve uma extensa pesquisa acerca da música tradicional de diversos países. Na música foram adaptadas temas do Líbano, Noruega, Inglaterra, Portugal, Brasil, Iraque, Israel, Turquia, Etiópia, entre outros.
Os temas instrumentais são transcritos para as partituras por Plínio, que num primeiro momento determina os trechos musicais a serem executados por cada instrumento e logo em seguida abre espaço para que os instrumentistas possam participar ativamente do processo de elaboração dos novos arranjos.
As transcrições dos temas vocais não seguem, necessariamente, os padrões lingüísticos formais de seus países provenientes. Na verdade, Liane se apropria da diversidade fonética para aproximar o que escuta nas versões originais às possibilidades de emissão dos cantores, que escrevem as letras das canções de acordo com suas próprias impressões.
Serviço:
Lançamento do CD Projeto dos povos II do grupo Bayaka, hoje, às 21h, no Teatro da Reitoria. Ingressos a R$ 10 e R$ 5.
