Banda Yuck toca em SP antes do Glastonbury Festival

Eles parecem ter saído de alguma máquina do tempo, vindos diretamente de algum momento do início dos anos 90. Mas o fato é que praticamente nasceram nessa época. Com todos os integrantes na fase dos 20 e poucos anos, o quarteto Yuck pipocou em blogs e sites de música no exterior no começo do ano. O que chamou a atenção é essa espécie de revival dos anos 90 emulado por esses quatro “guris”. Uma combinação de guitarras chorosas e distorcidas com um vocal gritado e agudo, que tanto fez sucesso há 20 anos.

Quatro meses depois de o álbum “Yuck” ser lançado, o grupo já está escalado para participar do Glastonbury Festival, no próximo sábado, com outras sensações da música alternativa mundial, como Glasvegas, Noah and the Whale, The Horrors, Warpaint e Anna Calvi. Quatro dias antes, ou seja, hoje, eles fazem uma apresentação dentro da terceira edição da festa Puma Social Club, que trouxe, no começo deste mês, a banda Twin Shadow, outro queridinho da crítica internacional.

Mas o som do Yuck vai para outra vertente da música indie, no lado oposto daquela mostrada na última festa da marca esportiva. Eles não são dançantes ou usam teclados e sintetizadores. É um som cru e, por muitas vezes, juvenil. As gravações ainda soam caseiras, mas não é para menos. Praticamente todas as 12 faixas foram compostas e gravadas, inicialmente, pela dupla inglesa da banda, Daniel Blumberg (voz e guitarra-base) e Max Bloom (guitarra-solo), no quarto de Blumberg.

O som do Yuck, na verdade, é uma ruptura com o que foi produzido pela dupla Bloom e Blumberg na sua banda anterior, a fofa Cajun Dance Party. Agora tudo é mais sujo, irônico e depressivo. Blumberg e Bloom se juntaram com a baixista japonesa Mariko Doi (ex-Levelload) no fim de 2009. Em meados de 2010, quando pensavam em montar uma banda, o vocalista e guitarrista se lembrou de um baterista bonachão, de cabelo no estilo black power, nascido em Nova Jersey, que conheceu em Israel, em dezembro do ano anterior. “Foi muito engraçado porque ele (Blumberg) estava em Israel apenas por algumas horas quando nos conhecemos”, diz Jonny Rogoff, lembrando que o futuro companheiro de banda usava uma camiseta do grupo Silver Juice, da qual ele também gostava. “Alguns meses depois, eu já estava de volta aos EUA, ele me ligou e perguntou se eu não queria entrar numa banda. Eu topei e me mudei para Londres (risos)”, lembra Rogoff. E, para isso, ele precisou largar a faculdade de Rádio e TV.

O primeiro single da banda, “Georgia”, foi divulgado em 2010. E, só com duas músicas oficiais, Yuck foi selecionada pela BBC como uma das 15 bandas a serem ouvidas em 2011. Mesmo variando guitarras arredias de Dinossour Jr. e a candura de Teenage Fanclub, com algumas pitadas da ironia do Pavement, a banda recusa o rótulo de tentar reviver o som dos anos 90. “Nós nascemos nessa época. Não ouvimos essas bandas dos anos 90 no auge. Fazemos o nosso próprio som”, diz. As informações são do Jornal da Tarde.

Yuck – Hoje, às 23h. Puma Social Club. União Fraterna (R. Guaicurus, 27, Lapa). Tel. (011) 3672-0358. Ingressos por meio de promoções no site http://brasil.puma.com.

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