“Sambei no jazz, ou foi o jazz que sambou?”, pergunta Dani Gurgel no refrão da música “Samba do Jazz”, de Dani Black e Breno Ruiz. O groove da música e a própria letra respondem: “Quem tem no sangue o samba, o jazz, o som/Tem na mistura encantamento bom/ Feito um rabisco de carvão e giz/Ou duas flores da mesma raiz.” E no domingo, no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, outra síntese florescerá quando os 13 músicos da Banda Urbana subirem ao palco para o show de lançamento do primeiro disco, “Urbana”.

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O CD, lançado com o apoio do Movimento Elefantes (www.movimentoelefantes.com), reúne dez músicas, com sons de artistas como Charlie Parker, Djavan, Gilberto Gil, Tenório Júnior, Léia Freire e Guinga, com arranjos do líder da banda, o trompetista Rubinho Antunes, e do também trompetista João Lenhari, além de músicas próprias.

Rubinho teme que, pelo fato de o show ser realizado bem no feriadão e no dia do segundo turno da eleição, pouca gente compareça. Mas, independentemente de feriado ou eleição, o público da música instrumental é sempre restrito, obrigando o músico batalhar pela formação de público. “Eu sou um cara, que na real, não vivo desse som. Isso me completa como artista”, diz. “Mas tocar para 50 pessoas, e elas gostarem, já é uma ótima coisa.”

E, para pagar as contas, os músicos da Banda Urbana também tocam com outros artistas. Lenhari, por exemplo, integra a banda de Roberto Carlos. O baterista Pepa D’elia já tocou com Gian e Giovani e, agora, faz parte da banda de Chitãozinho & Xororó. Seria uma das utopias da música instrumental brasileira acreditar que o público desses artistas perceba que, por traz da voz de cada um deles, também há, como canta Dani Gurgel, um “som que arrebata e que causa frisson… Marca na alma a tez de um país”?

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SERVIÇO

Lançamento do CD – “URBANA”

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Dia 31 de outubro, domingo, às 11h

Museu da Casa Brasileira

Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705

Estacionamento: R$ 12