Banda Nêgomundo aposta na mistura de ritmos

A união de diversos estilos musicais, a maior parte deles oriunda da música negra, resultou num som absolutamente autêntico e inovador. Som que pode ser conferido todas as sextas-feiras, na Sociedade Treze de Maio, em Curitiba, pela banda Nêgomundo, que mistura ritmos latinos, brasileiros e africanos unidos à discotecagem do DJ Jeff Bass. Hoje, o grupo sobe ao palco com a participação do vocalista da banda Saravah Soul, Otto Nascarela.

De acordo com o vocalista da Nêgomundo, Gustavo Proença, a banda é o resultado de um projeto que começou há cerca de três meses. Proença conta que o projeto nasceu de um comum interesse pela música negra unido ao objetivo de proporcionar uma noite diferente e ousada ao público curitibano.

Nêgomundo ainda conta com os músicos Deddos (teclas, eufonio e voz), Michael Tulkop (bateria e percussão), Audrei (trumpete), Rodrigo (trombone), Cuervas (guitar), Valdo (Bass) e DJ Jeff Bass discotecagem.

“Cada um veio com uma influência distinta, que contribuiu para essa fusão, que não une apenas a textura da música e dos instrumentos, mas alia os estilos e os arranjos”, afirma o vocalista.

Segundo Proença, a ideia era unir em um repertório composições influenciadas por diversos estilos como afrobeats, funk, samba, baião e música latina. “O funk que influencia o projeto não é aquele funk carioca, mas o funk black, do Tim Maia e do Cassiano, da mesma forma que o afrobeat do Fela Kuti e o samba rock do Clube do Balanço”, afirma Proença.

As apresentações de Nêgomundo também são marcadas por ritmos resultantes da mistura do samba com música instrumental. “Quando entram, os instrumentos de sopro dão um ar de Ben Jor. É como se cantássemos uma música do Tim Maia dentro do arranjo do James Brown”, relata Proença.

A grande diferença na união entre banda e DJ, neste caso, é que a banda sobrepõe o som em cima das bases e loopings de Jeff, criando uma espécie de colagem, fazendo o processo inverso do que geralmente é apresentado em bandas que se apresentam com Djs, que se limitam a tocar apenas em cima dos grooves.

“O DJ trabalha com a bateria, inserindo percussão. Em alguns momentos ele faz inserções de vozes e scratches do hip-hop. O DJ dá uma linha rítmica para a gente tocar. Por isso ele faz parte da banda”, afirma Proença. A Sociedade Treze de Maio fica na rua Clotário Portugal, 274.

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