Banda Mais Bonita da Cidade lota casa de show em SP

Há três semanas, aquela cena seria impensável para Uyara Torrente (vocal), Vinícius Nisi (teclados), Rodrigo Lemos (guitarra), Diego Plaça (baixo) e Luis Boursheidt. Pessoas pulando e cantando uma música cujo clipe foi colocado no YouTube no dia 17 de maio. A Banda Mais Bonita da Cidade, de Curitiba (PR), virou um fenômeno de forma viral. Quase inexplicável. A explosão de felicidade exibida no final apoteótico do vídeo de “Oração” foi ampliado para todo o Studio SP. As 30 pessoas do clipe se multiplicaram, viraram 500. E esse número, que contabiliza público pagante e convidados, e que abarrotou o local, é apenas 0,01% das quase 5 milhões de visualizações do vídeo na internet.

Ao palco, sobe o compositor da música que levou o grupo às capas de jornais, Léo Fressato – que aparece no começo do clipe, cantando sozinho. Ele abraça os integrantes d’A Banda Mais Bonita da Cidade. Todos sorriem. Agradecem e vão, à meia-noite. Esse final é empolgante. Parecia que a banda já estava consagrada. Parece que o grupo pulou etapas – indo direto do anonimato ao estrelato. No entanto, esse é um caminho que o quinteto ainda precisa percorrer.

Voltando no tempo, nessa mesma noite, o início do show não lembrava em nada o seu fim. Com 50 minutos de atraso – a apresentação estava marcada para as 22h -, Uyara sobe repentinamente ao palco e começa a cantar, sozinha, a capella, a música “Elevador”. Logo à frente do palco, cinco pessoas se esgoelam cantando todas as músicas, balançando as camisetas com o símbolo da banda (um balão amarelo). No resto da plateia, os semblantes trazem uma mistura de curiosidade e dúvida. Alguns cochichavam no fundo e nas laterais do palco. E claro que poucos conheciam todo o repertório. Além de “Oração”, as também fofas “Boa Pessoa” e “Canção Pra Não Voltar” são mais populares, e foram gravadas no mesmo dia, na mesma casa da amiga da banda, em Rio Negro, no Paraná.

Se por um lado eles lotaram a casa escorados pelo sucesso repentino, por outro tiveram de vencer aos poucos a barreira do desconhecimento geral do set list. Obviamente, todos ali estavam predispostos a gostar do que veriam. Ainda assim, havia uma pressão e uma dúvida: eles são mesmo tudo isso? A banda, fã confessa do grupo americano Beirut, navega entre Los Hermanos e O Teatro Mágico – pendendo mais para o segundo. Faz rimas com palavras cotidianas e pouco convencionais, como “pizza” e, claro, “penteadeira”. Em uma hora e dez minutos de apresentação, o quinteto executou 16 músicas. Aos poucos, as pessoas eram absorvidas por aquela atmosfera de felicidade que vinha do palco.

Versões pesadas de “Romance de Uma Caveira” e “A Balada da Bailarina Torta” trouxeram, por alguns minutos, algum ar sombrio para o Studio SP. E depois da celebrada “Canção Pra Não Voltar”, Uyara interpretou belamente a balada “Nunca”, quase só acompanhada pelo teclado de Vinícius Nisi. “Oração” era a escolha óbvia para a finalizar a celebração. E não teve os seis minutos de duração, como no vídeo que começou tudo. As informações são do Jornal da Tarde.

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