Banco do Brasil cria fundo para financiar o cinema

Banco do Brasil lançou hoje o primeiro fundo de investimento destinado ao setor cinematográfico, O BB Cine Produção e Distribuição -Fundo de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional (Funcine), que conta inicialmente, com R$ 7 milhões para financiar projetos que promovam o desenvolvimento da cadeia produtiva cinematográfica nacional. O ministro da Cultura, Gilberto Gil, considerou o volume de recursos ainda reduzido, mas comemorou a iniciativa do Banco do Brasil.

O ministro ressaltou a importância do projeto para alavancar o cinema brasileiro. “Uma grande instituição financeira como o Banco do Brasil acreditar na capacidade do mercado e financiar o cinema brasileiro, em toda a sua cadeia produtiva, é um estímulo enorme não só para o cinema, que vê ampliada sua capacidade de captação de recursos, como para o próprio mercado financeiro, que vê no segmento cinema um novo viés, uma nova possibilidade de investimentos e lucros”,avaliou.

Gilberto Gil ladmitiu que o risco representa um inibidor de investimentos no setor, uma vez que “o cinema no Brasil é uma atividade muito oscilante em termos de retorno”. Com o Funcine, o Banco do Brasil, através de sua administradora de recursos de terceiros, a BB DTVM, fará um trabalho experimental nessa área de investimento.

Gil informou que os fundos Funcine serão geridos pelos departamentos financeiros das empresas e não pelos departamentos de marketing ou de comunicação, que podem ter algum tipo de ingerência na questão da criação, conforme estaria ocorrendo na Lei do Audiovisual, de acordo com alguns críticos.

Com a resposta que o cinema vai dar em termos de crescimento e de público, o ministro acredita que dentro de dois anos o mercado já terá fundos mais polpudos, maiores e com capacidade de investimento e de diversificação aumentada. “Nós vamos sair do tradicional financiamento da produção de cinema, para financiamento de salas, de elos da cadeia produtiva, como distribuição, exibição. Eu tenho muito boas perspectivas. Acredito muito nesse mecanismo”, disse o ministro.

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