Balanço para brasileiros foi bom em Frankfurt

A Feira de Livros de Frankfurt fechou domingo suas portas com saldos positivos e negativos. De bom, especialmente para os brasileiros, foram os negócios fechados ou iniciados, que poderão diversificar o mercado para os próximos meses. E, como lamento, o objetivo não totalmente atingido pelos organizadores da feira, que buscaram divulgar a cultura árabe mas, como resposta do publico, receberam apenas interesse pelo turismo e pela culinária.

Não faltaram esforços nem a presença de pesos pesados. Como a do escritor alemão Gunter Grass, vencedor do Nobel de literatura de 1999 – habitualmente avesso a grandes eventos, ele passou o fim de semana na Buchmesse. No sábado, divulgou a obra de Hans Christian Andersen, cujos 200 anos de nascimento serão comemorados em abril. No domingo, Grass amanheceu no estande de um canal de televisão alemão, onde leu os belos versos da poeta iraquiana Amal Al-Jubouri. Ainda destacou que sempre participará de movimentos favoráveis à cultura dos árabes.

O tema foi motivo de outro debate que reuniu o brasileiro Milton Hatoum (único escritor nacional oficialmente convidado pela feira) e o colombiano Luis Fayad. O fio da meada era uma discussão sobre a presença árabe (notadamente a libanesa) na América Latina, mas tornou-se um espaço para os dois autores pregarem contra a discriminação.

Fayad, que vive na Alemanha, confessou seu incômodo com a forma como os imigrantes são tratados naquele país. “Meus antepassados eram libaneses mas, ao chegarem na Colômbia, tornaram-se colombianos, assim como seus descendentes. Já aqui é diferente: nem a terceira geração de filhos de imigrantes deixa de ser considerada turca, sendo obrigada a cultivar sua cultura separadamente”, disse Fayad.

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