Cada vez mais o intercâmbio entre artistas brasileiros e internacionais tem fortalecido parcerias que revelam afinidades artísticas e sem fronteiras. Na mesma medida, esse recorte tem figurado na programação de festivais brasileiros de artes cênicas. Se funciona como destaque nas mostras, o resultado também acaba apontando diálogos particulares.

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O festival Cena Contemporânea, em Brasília, que abriu sua edição na terça, 22, traz o bailarino Jorge Ferreira com Tremor and More, montagem concebida no eixo Brasília-Paris, dirigida pelo coreógrafo holandês Herman Diephuis. Com estreia parisiense em maio passado, o solo foi apresentado no National Center de La Danse. Na capital federal, Jorge dança no Teatro Plínio Marcos amanhã, 24.

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“A proposta surgiu de investigar a vibração como um movimento constante.” Ferreira explica que o contraste do seu corpo com uma mesa, em cena, traduz um conflito entre estabilidade e desapego. “É como se eu tivesse que deixá-la, sem conseguir.” Para ele, a concepção da montagem, ao lado do diretor, passou pelo desafio de descobrir uma condição que não fosse executar uma série de passos. “É mais fácil sair dançando, mas queríamos explorar outras experiências corporais.”

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A mostra brasiliense que, nesse ano atinge a maioridade, vai até 3 de setembro e tem peças da África do Sul – Black Off, o solo de Ntando Cele, que passou por São Paulo esse ano, na Mostra Internacional de Teatro, e montagens inéditas da Espanha e Colômbia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.