Centenas de pessoas se reuniram no último sábado, 30, para se despedir de B. B. King, o rei do blues. O funeral teve lugar numa igreja do Delta do Mississippi, em cujas plantações de algodão King trabalhou como rendeiro, antes de conquistar fama mundial como o cantor e guitarrista de blues que viria a influenciar gerações de músicos.

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King morreu em 14 de maio, em Las Vegas, aos 89 anos. Por determinação sua, o corpo foi levado, numa última viagem de volta para casa, para seu o Mississippi natal. Debaixo de chuva, cerca de 500 pessoas lotaram o templo da Bell Grove Missionary Baptist Church, uma construção de tijolos aparentes, situada à beira da B. B. King Road, na cidade de Indianola. Mais de 200 outras pessoas que não puderam entrar na igreja acompanharam o funeral por um telão, no salão da congregação, muitas delas agitando leques que estampavam fotos de um King sorridente, abraçado a Lucille, sua guitarra preta.

No início da cerimônia, os familiares passaram em fila pelo caixão aberto, que tinha uma imagem de Lucille bordada no acolchoado branco da face interna da tampa. O reverendo Herron Wilson, que proferiu o necrológio, disse que King era uma prova de que as pessoas são capazes de vencer e triunfar sobre circunstâncias difíceis. “As mesmas mãos que colhiam algodão, um dia dedilharam as cordas de uma guitarra nos palcos”, disse Wilson.

O velório foi praticamente uma cerimônia com honras de Estado, com policiais em uniforme de gala, postados em ambas as extremidades do caixão. Duas das guitarras pretas usadas por King foram colocadas entre coroas de flores.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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