Imagine poder dar vida às personagens dos livros de histórias e ser capaz de trazê-las para o mundo real. Este é o poder especial do qual é dotado Mo (vivido por Brendan Fraser, de A Múmia e Viagem ao centro da Terra), figura central do filme de aventura Coração de tinta (Inkheart), que estréia hoje nos cinemas de todo País.
A obra, um presente de Natal às crianças, fala das aventuras de Mo – que é conhecido, graças a seu dom, como “língua encantada” – e de sua filha adolescente Meggie (Eliza Bennet). No passado, ao ler um livro em voz alta, ele libertou algumas personagens da história, mas acabou enviando para dentro da mesma sua esposa, Tereza. Agora, precisa encontrar uma cópia da obra, considerada rara, para trazer a mulher de volta, dando início a uma série de aventuras.
Embora cansativo em alguns momentos, o filme tem uma bonita fotografia e fala de sentimentos como o egoísmo, o amor pela família, a coragem e o antagonismo entre o bem e o mal. Porém, a capacidade de educar, entreter e divertir dos livros acaba sendo a temática principal. Por isso, o filme deve agradar ao público infantil.
Um dos momentos mais interessantes da obra é quando Mo, para se livrar de uma situação complicada, se utiliza da tempestade presente no clássico O mágico de Oz, do escritor norte-americano Lyman Frank Baum, bastante citado no filme por ser o livro preferido de Tereza. Entre outras personagens de destaque em Coração de tinta estão a tia-avó de Meggie, Elinor Loredan (Helen Mirren), o misterioso Dedo Empoeirado (Paul Bettany) e o vilão Capricórnio (Andy Serkis). O filme tem 106 minutos de duração e é dirigido pelo produtor, roteirista e diretor inglês Iain Softley, que também é responsável por trabalhos como A chave mestra (2005), K-Pax o caminho da luz (2001), entre outros títulos.
É baseado em um livro de mesmo nome que foi escrito pela alemã Cornelia Funke em 2003 e se tornou best-seller, formando uma trilogia com Sangue de tinta (2005) e Morte de tinta (2007). No Brasil, a obra tem distribuição pela Playarte.
