Criados há 53 anos, os personagens Zé Colmeia e seu fiel amigo, Catatau, fizeram parte da infância de praticamente todos os adultos que hoje estão na casa dos 40 anos. O desenho, apesar de antigo (ele foi produzido até meados dos ano 90), se manteve atual e cativante. E sempre focava exclusivamente no público infantil. A adaptação do cartoon para o cinema, que entra em cartaz hoje, modernizou-se. Não é mais um desenho, e sim um longa, intitulado “Zé Colmeia: O Filme”, que mistura atores reais com animação em 3D.
Uma coisa não mudou: o alvo principal continua sendo as crianças. Os adultos que levarem seus filhos ou sobrinhos ao cinema perceberão que se trata de uma história ingênua, com piadas inocentes, mas não ficarão entediados. Muito pelo contrário. Certamente, os mais velhos terão um sentimento de nostalgia. Zé Colmeia continua o mesmo urso trapalhão que vive bolando planos infalíveis para roubar as cestas de piquenique dos visitantes do parque Jellystone. Ao seu lado, está Catatau, o amigo que sempre avisa a Zé de que o plano não vai dar certo, mas acaba embarcando nas maluquices.
O longa, dirigido por Eric Brevig, mostra essas peripécias de Zé Colmeia, que, de tanto aprontar, acabou se tornando uma atração turística de Jellystone. Acontece que a rotina do local será quebrada quando o prefeito corrupto da cidade tentar lotear o parque para desviar dinheiro público. Tudo isso justamente no aniversário de 100 anos de criação de Jellystone.
A missão de Zé Colmeia e Catatau, ajudados pelos guardas Smith (interpretado por Tom Cavanagh) e seu assistente Jones (T.J. Miller), é evitar a ganância e o ímpeto destruidor do prefeito. A dupla ganha, também, a ajuda da cineasta de documentários naturais Rachel (Anna Faris).
O filme não é longo (tem 1 hora e 20 minutos), portanto, não vai cansar as crianças. Essa é a primeira adaptação para o cinema de um dos desenhos produzidos pelos estúdios Hanna Barbera, que marcaram a infância de uma geração inteira. Antes do longa, é exibido um curta metragem em 3D do Papa Léguas e do Coiote. A história é a mesma de sempre: o Coiote tenta capturar o Papa Léguas, mas nunca consegue. Nada melhor para relembrar a infância.