Um ‘climão’ tomou conta dos bastidores da Record. Desde que a emissora fechou a parceria com a Televisa e anunciou que lançará adaptações mexicanas, autores como Ana Maria Moretzsohn se sentem ‘encostados’. A novelista conta que, em março, entregou a sinopse de Corpos Partidos, título provisório de sua próxima trama. Dois meses depois, a pedido da emissora, apresentou os dois primeiros capítulos e, desde então, não foi mais procurada pela direção. “Soube por meio da imprensa que vão produzir primeiro Betty, A Feia. Então, como estou sem fazer nada, comecei a escrever um livro policial. Vinha fazendo muitas pesquisas por causa da novela e me inspirei”, conta.
A dramaturga criou duas versões para Corpos Partidos: a primeira delas, comédia romântica com pitadas de investigação policial, que substituiria Chamas da Vida. A segunda, com cunho político – que traz como tema principal o tráfico de órgãos -, que iria ao ar após Vendetta, próxima novela de Lauro Cesar Muniz que estréia em março de 2009. “Ouvi dizer que a emissora gostou da idéia de substituir a novela do Lauro, que fala da máfia. Meu folhetim seguiria esse tom de denúncia.”
Ao contrário do que vem ocorrendo em vários folhetins, Ana Maria não pretende abrir a novela com uma viagem internacional. Seu objetivo é divulgar as belezas naturais do Brasil. “Um investimento tão alto como esse só deve ser feito se contribuir muito com a história”, pondera. “Como a Record vende suas novelas para vários países, quero mostrar os esportes radicais, como rafting e arvorismo, praticados em cenários paradisíacos no interior de São Paulo.” Para não ser pega de surpresa, a autora já pensa em possíveis escalações. Uma de suas atrizes preferidas é Juliana Silveira, a mocinha de Chamas da Vida. “Gostaria que a Juliana fizesse a vilã, uma jovem que não se conforma em não ter se dado bem na profissão como sua rival.” As informações são do Jornal da Tarde.