Thomas Hoepker é um fotógrafo alemão conhecido por uma das imagens mais publicadas sobre o atentado às torres gêmeas, em 2001, que mostra um grupo de jovens conversando, tendo ao fundo o World Trade Center em chamas, após o choque do primeiro avião contra os edifícios. Bem antes dessa foto icônica, porém, Hoepker, fotojornalista com vários anos de carreira, fotografou o ex-pugilista Cassis Clay, em 1966, série que está na exposição Impávido Muhammad Ali, que a Galeria de Babel abre nesta terça-feira, às 19 horas, com a presença do fotógrafo. A mostra, que tem curadoria de Diógenes Moura, reúne três dezenas de fotos de Clay dentro e fora do ringue, treinando ou em meio a crianças de bairros populares em Nova York, todas em preto e branco.

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Entre as imagens, a mais conhecida tem o título de Fist. Ela mostra o punho do lutador em primeiríssimo plano como testemunho das marcas que deixaram em seu corpo as lutas pelos títulos recebidos em vida.

Quando Hoepker fotografou Muhammad Ali, ele já era representado pela Magnum (assinou contrato com a agência em 1964), trabalhando, então, para a revista alemã Stern. Hoepker começou a fotografar aos 16 anos com uma câmera presenteada pelo avô. Nos anos 1970 rodou alguns documentários na parte oriental da Alemanha até fixar residência em Nova York ao lado da primeira mulher, também jornalista, tornando-se o primeiro correspondente fotográfico da antiga Alemanha Oriental nos EUA.

Com a segunda mulher, Chrisitine Krucher, ele realizou documentários e tornou-se presidente da Magnum (entre 2003 e 2006).

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Hoepker chegou em São Paulo nesta segunda-feira, 5, e estará presente na abertura da mostra, da qual o jornal O Estado de S.Paulo selecionou seis das fotos exibidas. Uma delas, curiosa, mostra o boxeador paquerando a filha de um padeiro em Nova York, isso numa época em que enfrentava uma rigorosa dieta à base de salada e carne. Hoepker foi o profissional que mais fotografou o pugilista.

Globetrotter, ele já viajou por todo o mundo, tendo publicado livros sobre africanos, sul-americanos e outros povos, além de obras com paisagens de lugares remotos do planeta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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