Au Revoir Simone é atração da Virada Cultural Paulista

Sancta Barbara bene juvante (“Sob a proteção de Santa Bárbara”, em latim). O lema bordado na bandeira da cidadezinha de Santa Bárbara d’Oeste, a 138 km de São Paulo, parece cair como pó de pirlimpimpim nas asas de Annie, Erika e Heather, as meninas do Au Revoir Simone, três garotas norte-americanas que tocam teclados, cantam como fadas e fazem uma música que é definida como “dream pop” (ou pop dos sonhos).

Pela primeira vez no Brasil, a banda cult do Brooklyn, Nova York, não vai tocar na capital. São a principal atração da Virada Cultural Paulista (a contrapartida estadual da Virada de São Paulo). Tocam às 18h30 de domingo em Santa Bárbara e, à 0h30, fazem novo show a 42 quilômetros dali, em Indaiatuba.

A banda de Annie Hart, Erika Forster e Heather D’Angelo é cultuada em todo o mundo. Na Europa, pensam que elas são francesas, por causa do nome – sugere alguma homenagem neofeminista a Simone de Beauvoir. Mas não poderia ser mais equivocado: são superamericanas e o nome veio em 2003, a partir de uma brincadeira do programa de TV do humorista Pee-Wee Herman.

Annie Hart falou por telefone à reportagem. A melhor notícia do Au Revoir Simone: elas, que desde 2009 não fazem um disco de canções inéditas, têm um novíssimo álbum pronto para ser lançado e pretendem tocar 5 músicas do novo trabalho no Brasil, avisou Annie.

O som delas é flagrantemente romântico e climático, assim como a poesia das garotas. “Bem, eu sou nova aqui, mas isso não quer dizer que eu tenha de responder a questões idiotas ou dar tiros no escuro. Sei que sou uma criança. Mantenho isso vivo. Isso torna as coisas mais difíceis. Eu me lembro de lembrar”, diz a letra de “Another Likely Story” (do celebrado disco “Still Night, Still Light”, de 2009).

Já tocaram em uma retrospectiva dos filmes de David Lynch, na Fondation Cartier, a convite do próprio cineasta. O pessoal da moda delira com elas. Fizeram música para um desfile da francesa Ivana Helsinki e Kate Spade. Suas músicas podem ser ouvidas em séries de TV como “Grey’s Anatomy” e “Ugly Betty”. “Em geral, cinema e moda não têm a menor influência quando compomos. Eu geralmente falo de coisas que me afetam emocionalmente, coisas que eu vivo no dia a dia. Talvez isso possa dar essa ilusão cinemática, porque tem um certo pique de cinema, mas são coisas da minha vida real”, diz Annie.

DESTAQUES

– Monsieur Periné

Depois de passar pelo Rec Beat do Recife, em fevereiro, o grupo colombiano Monsieur Periné, influenciado pelo jazz cigano de Django Reinhardt, dos anos 1930, já foi convidado a voltar ao Brasil. Toca domingo, à 0h30, em Campinas. A bela cantora Catalina Garcia, que gosta de Tulipa Ruiz e B-Negão, falou sobre o retorno. “Chegamos a Django casualmente. Dois dos nossos integrantes estudavam a música dele. Quando começamos a tocar esse gênero, vimos que saía muito natural”, afirmou Catalina, que também atribui influência da música mexicana ranchera no seu som. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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