Ator Edward Norton revela sua faceta de ativista

Edward Norton, 42, é um dos maiores atores de sua geração. Protagonizou obras marcantes no fim do século passado, como “A Outra História Americana” (1998) e “Clube da Luta” (1999).

Mas o astro tem um trabalho extra longe das câmeras. É conselheiro da Enterprise Community Partners, organização sem fins lucrativos que constrói casas ecológicas nos Estados Unidos.

Norton promove eventos para arrecadar fundos para causas sociais e é embaixador da ONU para a biodiversidade. Por isso, ele vai estar no Brasil até sábado para participar do Rio+20.

“Estamos virando uma comunidade global e o que une a todos é o fato de sabermos que estamos diante do colapso do sistema que nos sustenta”, diz o ator à reportagem, que logo o lembra que o fim de “Clube da Luta” fala exatamente dessa derrocada do sistema financeiro, mas 13 anos atrás.

“‘Clube da Luta’ é um filme cheio de ideias visionárias, 70% delas vinda do livro de Chuck Palahniuk. Mas David Fincher amplificou e acrescentou os bancos”, concorda. “Eu escolho projetos que representem uma geração.”

Outros legados

Não deve ser o caso do próximo longa de Norton, “O Legado Bourne”, trama que não continua a saga comandada pelo diretor Paul Greengrass e o astro Matt Damon, mas se passa em paralelo ao fim do terceiro filme, “O Ultimato Bourne” (2007).

“Não tenho o menor preconceito em relação à histórias em série”, explica Norton sobre as razões de assumir o papel de vilão no filme, que estreia em 24 de agosto no Brasil.

“Os melhores dramas hoje em dia nos Estados Unidos estão em séries de TV. Ter uma ligação por longo tempo com os personagens é algo divertido. Sou fã de quadrinhos, por exemplo”, diz.

“Outra coisa: Tony [Gilroy, roteirista dos longas da série, agora na direção] expande o tema para as grandes corporações”, entrega o dono do papel do agente Byer, encarregado de capturar o espião em fuga, o novo “Bourne”, Aaron Cross (Jeremy Renner, de “Guerra ao Terror”).

“Eu não posso dizer muito mais. Tony nos entregou um ofício dizendo o que não falar para a imprensa”, conta Norton, que fez “Cartas na Mesa” (1998) com Damon.

“Matt me faz rir e o filme que fizemos está no topo da minha lista de diversão, porque era um ‘clube do bolinha’, com pôquer e noites em claro. Mas não conversamos sobre ‘Bourne’. Quem sabe a trama não dá uma reviravolta e acabamos fazendo um “Bourne 5′?”, sugere o ator.

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