“Estou doido pra tirar de vez a zica desse Ninho”, disse Juliano Cazarré para Sophie Charlotte, durante a coletiva de Serra Pelada, filme que vai ganhar adaptação para a tevê este mês na Globo. O ator só não sabia que seu desabafo também foi ouvido pela imprensa.
Cazarré até ficou desconsertado por causa da frase, mas não recuou ao falar do caráter indefinido de seu personagem em Amor à Vida, que começou sendo uma pessoa boa e depois se tornou um vilão.
“Isso tem a ver com receber um personagem novo aos 45 minutos do segundo tempo. Ninho não é um personagem que se defende. Sinto falta de ele mostrar o seu lado na história. Ele é sempre arrastado pelos planos dos outros, nunca tem vontade própria”, acrescentou ele, demonstrando insatisfação com o papel .
Mas, antes que o caldo engrossasse para seu lado, o ator fez questão de diminuir o impacto de sua declaração. “Não estou decepcionado com o rumo do Ninho. Mas continuo sem saber quem ele é. Ele é um vilão? Não. É um mocinho? Também não”.
Juliano contou que recebe as mudanças de seu personagem com um certo “desespero”. “Mas pedi alguns caminhos para o Walcyr Carrasco, que soube me guiar bem. Hoje, faço um cara muito diferente do que no primeiro capítulo. Mas vejo isso como um grande desafio”, disse.
Já as parcerias que Cazarré fez com Malvino Salvador, Paolla Oliveira e Vanessa Giácomo renderam bons elogios. “São ótimos atores. É muito legal trabalhar com Malvino e a Paolla, que estão acostumados com o protagonismo. Também estou feliz com as cenas envolvendo a Aline. Trouxe uma coisa quente para os dois, muita química. Ninho pôde assumir a maldade”, avaliou.
O futuro do personagem está nas mãos de Walcyr Carrasco, mas Juliano garante que gravará suas cenas finais da melhor forma possível. “Não desejo nada. Se ele vai ter redenção ou não, eu não sei. Se tiver que fazer, vou fazer uma bela morte, ou uma bela prisão. Não adianta torcer para nenhum destino, é gastar energia à toa”.
