Quando foi lançado em 1999, o filme A bruxa de Blair causou frisson mundo afora. Com baixo orçamento e propositadamente amador, a história de três estudantes de cinema que desaparecem na floresta Black Hills depois de tentarem fazer um documentário sobre a lenda local, a bruxa Blair, instigou a curiosidade do público e quebrou um pouco a convenção adotada nos diversos filmes de terror que vinham sendo produzidos na época. Agora, uma nova produção ousa atingir efeito semelhante: Atividade paranormal, em cartaz nos cinemas.
Logo nas primeiras semanas em que passam a morar juntos, o casal Katie e Micah começam a ouvir sons e perceber objetos em lugares diferentes de onde haviam sido deixados.
Os acontecimentos não parecem ter relação com a casa, mas sim com Katie, que revela então sentir a presença de “demônios” ou “fantasmas” desde que era criança.
Nem de perto seu namorado, Micah, fica assustado com isso, muito pelo contrário: ele fica fascinado com a possibilidade de capturar alguma atividade paranormal.
Para isso, ele compra equipamentos de última geração que permitem captar os mais sensíveis sons e imagens. A filmadora fica, então, ligada durante toda a noite no quarto do casal, enquanto eles dormem.
Em formato de filme caseiro, Atividade paranormal segue então um crescente típico de filmes de terror, com o passar das noites e acontecimentos estranhos que passam a se repetir, cada vez com mais intensidade.
Os produtores juram que o orçamento do filme não ultrapassou US$ 15 mil, valor baixíssimo para os padrões norte-americanos, o que rendeu à obra o título de um dos filmes mais lucrativos de todos os tempos. Nos Estados Unidos, Atividade paranormal já virou uma verdadeira febre.
Uma boa ajuda para que esse fenômeno chegasse ao circuito comercial de cinemas veio de Steven Spielberg, que viu a filmagem original e sugeriu ao diretor do filme, Oren Peli, um israelense programador de videogames, alterações para que a cena final do longa-metragem causasse mais impacto.
Talvez Peli tenha concordado com a mudança justamente para não perder a chance de dar mais visibilidade ao seu filme, porque o fim realmente parece destoar um pouco de toda a proposta construída até aquela última cena.
