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Até domingo, no Pavilhão da Bienal, 6ª Made mostra os novos talentos

Com um número recorde de expositores nacionais e estrangeiros (125), a Made – Arte Design, em sua sexta edição, que vai até domingo, no Pavilhão da Bienal, presta tributo ao arquiteto norte-americano Philip Johnson (1906-2005), o primeiro a ganhar o prêmio Pritzker (em 1979) e um dos representantes do international style, o estilo arquitetônico funcionalista dominante até a década de 1970. A homenagem inclui a reconstituição parcial de uma histórica mostra de design que Johnson promoveu no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) em 1934, levando para dentro do museu, pela primeira vez, objetos utilitários exibidos como peças artísticas.

A Made, que pretende ser uma referência no design autoral, trouxe ao Brasil profissionais que mantêm vínculos com brasileiros, caso do austríaco Robert Stadler, escolhido o designer do ano pela feira. Stadler fez uma palestra na quinta, 28, no Centro Cultural Bradesco Private Bank (dentro da Made), precedido por Hilary Lewis, curadora-chefe da Fundação Glass House. O designer russo Sergei Streltsov fala hoje, às 18h. E, em cerimônia no mesmo local serão divulgados no sábado, 30, às 19h, os ganhadores do prêmio Bradesco Private Bank Made de Design & Arte.

Robert Stadler, que visitou a Casa de Vidro de Lina Bo Bardi, ficou impressionado com peças de design anônimo recolhidas pela arquiteta. Sobre o design autoral brasileiro, que se mostra igualmente livre de amarras, Stadler diz que o lado bom é “ter mais liberdade e não sucumbir ao peso da história”. É um design experimental, mas falta ainda, segundo Stadler, referências culturais e conhecimento aos jovens designers.

“É preciso também criar um circuito de galerias para expor esses novos profissionais”, recomenda Waldick Jatobá, curador da feira. “A nova geração tem algo mais espontâneo, informal, é mais aberta a experimentar novos materiais”. De fato, designers presentes na feira, como Leo Capote, que faz cadeiras com porcas e parafusos ou bancos com pás de pedreiro, estão a milhas de distância da tradição moderna da Bauhaus, assim com a cestaria de Nicole Tomazzi, que trabalha com artesãos da Serra Gaúcha, mais próxima do artesanato local que da herança construtiva.

Há, claro, seguidores do construtivismo geométrico como Giácomo Tomazzi, ou da vanguarda russa do começo do século passado, caso do Maximiliano Crovato, que apresenta uma série de móveis baseados em elementos geométricos, revestidos de madeira laqueada, em cores vivas, que remetem aos anos 1970. Tão vivas como a cadeira vermelho e verde do pintor Sandro Corradin, que domina o estande da Inn Gallery.

MADE 2018

Pavilhão da Bienal. Av. Pedro Álvares Cabral s/nº, Pq. do Ibirapuera. 6ª, 13h/21h. Sáb., 12/20h; dom., 12h/19h. R$ 30 (meia-entrada para idosos e estudantes).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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